Na conferência de segurança DEF CON 24, que aconteceu há cerca de dez dias atrás em Las Vegas, dois pesquisadores de segurança conhecidos apenas como RancidBacon e gOldfisk revelaram que o We-Vibe 4 Plus, um brinquedo adulto dirigido ao público feminino (também conhecido como vibrador), recolhe dados sobre as usuárias e os envia para seu fabricante.
We-Vibe 4 Plus [NSFW] é um vibrador de próxima geração que se encaixa na categoria de Internet das Coisas (IdC). Quando se utiliza o produto, o dispositivo envia telemetria via Bluetooth para um telefone próximo pelo app do We-Vibe.
Por sua vez, o aplicativo envia alguns destes dados a cada minuto para os servidores da We-Vibe, tais como a temperatura do brinquedo, o seu nível de vibração, e o modo de vibração que a usuária está usando.
O presidente da Standard Innovation Corporation,Frank Ferrari, disse que esses dados são coletados apenas para que a empresa possa ajustar o equipamento para versões futuras e aprender sobre como as usuárias estão usando o dispositivo.
As ações da empresa não são nada fora do comum, já que fabricantes de outros equipamentos e serviços da chamada Internet das Coisa têm tido práticas semelhantes.
A violação de dados pode ter consequências graves para as usuárias do dispositivo
O que os dois pesquisadores ressaltam é que os termos de uso do aplicativo são vagos sobre este tema, especificando também que a empresa se reserva o direito de compartilhar esses dados com autoridades, se alguma solicitar.
Este artigo do Guardian aponta alguns países e Estados dos EUA onde o auto-prazer (masturbação) é considerado ilegal, com os infratores arriscando de chibatadas públicas (Arábia Saudita) à decapitação (Indonésia).
Imagine o mundo de problemas que alguém iria enfrentar se esses dados acabassem em mãos erradas, ou depois de um vazamento de dados?
Fonte: Softpedia