A Electronic Frontier Foundation, organização sem fins lucrativos que defende liberdades e direitos online, lançou mais uma edição de seu relatório anual “Who has your back?”. O documento observa as empresas que adotam as melhoras práticas de transparência em relação à privacidade de seus usuários. O WhatsApp teve o pior desempenho, igualado apenas pela operadora americana AT&T.
Você pode conferir o relatório completo neste link. Os critérios observados são:
- Segue as melhores práticas aceitas pela indústria, incluindo pedido de mandado judicial antes de entregar informações, divulgação de relatórios de transparência e publicar guias para atuação policial, por exemplo;
- Avisa usuários sobre demandas governamentais de informações;
- Revela a política de retenção de dados;
- Revela pedidos governamentais de remoção de conteúdo;
- Política pública pró-usuário: rejeita “backdoors”;
O WhatsApp só atendeu ao último quesito, aproveitando a posição pública do Facebook de se opor aos “backdoors”, as falhas propositais criadas para facilitar acesso de agências governamentais às informações de usuários de serviços de tecnologia.
De resto, o aplicativo, que pertence ao Facebook, falha em todos os critérios. Ele não exige mandado judicial antes de entregar informações para a polícia e não notifica seus usuários sobre demandas governamentais de suas informações.
E as outras empresas?
Entre as companhias avaliadas, sete tiraram a nota máxima e atendem a todos os critérios da EFF: Adobe, Apple, Credo Mobile e Dropbox, Wikimedia, WordPress e Yahoo.
Apesar do WhatsApp ter ido muito mal, a sua companhia-mãe, o Facebook, foi bem, com quatro estrelas. O único critério não atendido envolve o fato de a rede não publicar os pedidos governamentais por remoção de conteúdo.
As outras duas principais companhias de tecnologia no mundo ficaram apenas com três estrelas. O Google falhou em avisar seus usuários sobre demandas governamentais por seus dados e por não revelar sua política de retenção de dados. A Microsoft também não revela sua política de retenção de dados, e também não publica os pedidos governamentais por remoção de conteúdo.
Via EFF e The Next Web