Dominar o mundo parece ser coisa de filmes de ficção, mas acredite… Em algum momento, pode ser que tenhamos alguma surpresa do tipo. Certamente você já deve ter escutado sobre a possibilidade da inteligência artificial (I.A) se voltar contra os humanos, em um futuro não tão distante. Seja apenas uma teoria da conspiração ou não, o fato é que, acima da I.A, pode ser que nosso mundo seja dominado por uma espécie em específico… A Procambarus virginalis.
Também conhecida como lagostim de mármore, a espécie é parente das lagostas. Frank Lyko é um biólogo do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer, que estuda esses crustáceos há alguns anos. A espécie foi descoberta por acidente, no ano de 1995, quando um amigo chegou até o biólogo, afirmando que achava ter comprado um lagostim comum em um pet shop… No entanto, o tamanho daquele trazido por ele era fora do comum, sem contar que a quantidade de ovos que botava também era surpreendente.
Entretanto, as fêmeas da espécie pareciam não existir há pelo menos 25 anos. Foi então que começaram a observar um comportamento estranho… Parecia que os lagostins estavam se reproduzindo sem passar pelo processo de acasalamento. Mas seria realmente possível?
Espécie se reproduz de forma assexuada
De fato, a espécie é capaz de produzir clones de si mesma. Lyko e sua equipe foram os primeiros a realizar estudos que envolviam o genoma do DNA da espécie. Segundo suas análises, o lagostim de mármore surgiu após o cruzamento entre dois lagostins de outras espécies.
Acontece que um deles era portador de uma mutação em seus gametas, que acabou sendo replicada na espécie mármore. De acordo com o biólogo, o normal é que os gametas possuam uma cópia de cada cromossomo. No caso dos virginalis, as fêmeas são geradas com duas cópias, portadoras de uma mutação nunca vista em animais do tipo.
Enquanto nunca foram vistos pelas Américas, se tornaram bastante populares entre países europeus. Como sua população vem crescendo de forma desenfreada, acabou se transformando em um problema. Apenas para que você tenha ideia, a espécie foi proibida no Missouri e Tennnessee. Até mesmo a União Europeia chegou a proibir a criação e distribuição desses lagostins.
Por outro lado, o caso mais grave é o de Madagascar, onde a espécie prospera de forma imensamente rápida. Sua população está se tornando praticamente incontrolável. Por outro lado, não se sabe ao certo até quando a espécie será capaz de se reproduzir assexuadamente.