5 séries nerds que são melhores que The Big Bang Theory

The Big Bang Theory se tornou uma referência de série nerd, no entanto, como ela chegou a esse ponto ainda é um mistério. Fãs podem argumentar que é por causa das milhares de referências nerds que ela faz, algo que não justifica, já que muitas outras séries também fazem a mesma coisa. Participações especiais de pessoas do meio pop? De novo, não é algo exclusivo, muitas outras séries fizeram isso antes dela. Por favor, não entendam errado, a série é um bom programa, porém, ela é defendida como algo puro, um programa de alto nível nerd, um cânone. Mas será que ela merece toda essa atenção mesmo?

A série só tem personagens estereotipados, os homens nerds que são estranhos, antissociais, um fracasso em qualquer relação pessoal, mas muito bem sucedidos em suas áreas de estudo. Tem como vizinha uma loira que, vejam que coincidência, é ignorante em relação a quase tudo. Todas as piadinhas e brincadeiras que eles fazem durante os episódios, precisam ser minimamente explicados, é como se o roteiro duvidasse da capacidade intelectual de seus espectadores. A série virou o que chamam de “modinha” e, o mais lamentável de tudo, muitas pessoas se consideram nerd apenas porque acompanham suas temporadas.

Entendam, não há problemas em ver ou mesmo gostar de The Big Bang Theory, entretanto, existem séries que são tão boas e, em alguns casos, melhores que ela. Separamos cinco séries para exemplificar o caso. Nessa lista, selecionamos apenas programas dos anos 2000 e que já encerraram suas atividades.

Chuck (2007-2012)

Charles ‘Chuck’ Bartowski (Zachary Levi) é apenas um cara normal que tem um trabalho tedioso como técnico em uma loja de informática, até ter toda sua vida transformada depois de fazer download de vários arquivos ultra secretos da CIA. Ele se torna, digamos, o hospedeiro de um programa teste do governo chamado Intersect. Ao passar horas vendo milhares de imagens do arquivo baixo, todas as informações contidas nele são gravadas em sua cabeça. Como uma lavagem cerebral extremamente poderosa e eficiente. Por isso, o governo encarrega dois agentes para protegê-lo em tempo integral, Sarah Walker (Yvonne Strahovski) da CIA e Coronel John Casey (Adam Baldwin) da NSA.

A série mescla comédia com ação e o que faz dela nerd são as centenas de referências a cultura pop, o próprio protagonista é um nerd/geek autêntico. Chuck, e seu melhor amigo Morgan (Joshua Gomez), não passam um episódio sem, de alguma forma, encaixar tópicos envolvendo filmes, games, séries e qualquer outro elemento da cultura popular. Além dos diálogos, o programa recria cenas clássicas de forma orgânica e limpa. Sem contar as participações especiais que ocorreram ao longo das temporadas, entra elas temos Linda Hamill, Scott Bakula, Brandon Routh, Timothy Dalton e Carrie-Anne Moss. Todos eles tem seu nome diretamente associados ao mundo nerd.

Chuck teve cinco temporadas, noventa e um episódios.

Fringe (2008-2013)

Fringe é vida, é amor e é obrigatório para todo e qualquer nerd. A série de ficção científica criada por J.J. Abrams é tudo que os fãs dessa cultura merecem. Com uma mistura de Arquivo X e Twilight Zone, o programa acompanha a agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv) adentrar em um mundo surreal, onde tudo que pensava ser impossível e mais algumas coisas que sequer chegou a cogitar, se materializam. Acompanhada pelo cientista Walter Bishop (John Noble) – ao mesmo tempo brilhante e louco; seu filho gênio e extremamente cético Peter Bishop (Joshua Jackson) e o diretor da divisão Phillip Broyles (Lance Reddick), eles presenciam um novo conceito científico para tudo que conhecem.

A série explora a ciência como algo sem fronteiras. Ao longo das temporadas, testemunhamos consequências de décadas e décadas de experimentos realizados de forma clandestina, porém, patrocinados por megas corporações. Vemos o mundo, lentamente, ser transformado em um palco de horrores e a definição de absurdo ser atualizado. Fringe faz uso da ciência – exatamente como a conhecemos – para explicar toda a insanidade que apresenta. Embora a série trabalhe bastante com as disciplinas básica que nos são familiares (biologia, física, literatura), ela excede as barreiras da ciência e explora questões morais, éticas, o limite da loucura, o fardo da culpa, a busca por redenção, as frágeis relações familiares, a quebra de confiança, a dúvida da autoconfiança e muitas, muitas outras questões.

Fringe presenteia os fãs com episódios singulares, alguns são de tamanha sensibilidade que é impossível não se emocionar. Há momentos hilários, a maioria deles proporcionados por Walter Bishop, há (claro) referências a cultura pop, uma abertura incrível e um elenco harmonioso. Teve um final à altura e deixou saudades.

Fringe teve cinco temporadas e cem episódios.

The IT Crowd (2006-2013)

“Have you tried turning it off and on again?” (Você já tentou desligar e ligar de novo?). Aos que já assistiram a sitcom britânica The IT Corwd, essa é a primeira frase que vem à cabeça ao lembrar do programa. A série acompanha Roy (Chris O’Dowd) e Moss (Richard Ayoade), técnicos de Tecnologia da Informação que trabalham tranquilamente no porão da empresa Reynholm Industries, até ter sua paz atrapalhada por Jen Barber (Katherine Parkinson).

Barber é designada como nova gerente de departamento, o problema é que ela não entende nada da área, embora seu currículo diga o contrário. A série consegue ser bem divertida e com várias pegadas para aqueles “nerd raiz”, com direito até a sessões de RPG de mesa. Jen Barber entrou na divisão sem conhecer nada sobre esse mundo, mas a convivência com Roy e Moss a transforma.

A série tem um total de quatro temporadas e vinte e quatro episódios (mais um especial).

Community (2009-2015)

A grande diferença entre essa série e The Big Bang Theory é que esta é uma série sobre nerds e Community é uma série para nerds. Na história, o advogado Jeff Winger (Joel McHale) precisa voltar para a faculdade depois de ter seu diploma invalidado pela Ordem. A fim de não pegar aulas, ele escolhe tenta a sorte na faculdade capenga de um ex-colega, mas seus planos falham e Jeff acaba por ter que frequentar a faculdade como qualquer outro aluno.

A série é um verdadeiro teste para os verdadeiros nerds, pois ela não cede nenhuma referência mastigada. O roteiro de cada episódio é lapidado, tendo entre as trocas de diálogos insinuações à todo universo da cultura pop, muito bem elaborado. Ou seja, caso você não tenha visto, lido, jogado ou sequer ouvido falar sobre o tema comentado, você não conseguira entender as brincadeiras. Um verdadeiro teste para quem sabe!

A série tem um total de seis temporadas e cento e dez episódios.

Warehouse 13 (2009-2014)

Myka Bering (Joanne Kelly) e Pete Lattimer (Eddie McClintock), dois agentes federais, são designados ao meio do nado para trabalhar em uma instalação ultra secreta conhecida apenas como Warehouse 13. Lá eles descobrem que existem estranhos fenômenos que ocorre ao redor do mundo que são provocados por artefatos. O trabalho deles é: sempre que houver um problema causado por algum artefato, ir ao seu encontro e transporta-lo com segurança ao armazém.

O mais interessante aqui é o fato dos tais artefatos serem objetos historicamente conhecidos ou, eles são relacionados à alguma pessoa famosa. Por exemplo, Shakespeare só conseguiu imortalizar suas obras porque escrevia suas peças com uma pena encantada. É incrível como a série consegue encaixar personagens reais em situações fictícias e mesmo assim parecer tão verossímil.

A dinâmica e química entre os personagens é outro ponto alto da série. Pete é o brincalhão que adora citar frases de filmes em qualquer situação e Myka é aquela pessoa mais comportada que tem extremo conhecimento de quase tudo. Sem contar a pitada steampunk que existe na série. Para quem ainda não viu, sem dúvidas vale pena.

A série teve um total de quatro temporadas e quarenta e um episódios.

Então, queremos saber sua opinião, concorda com a lista? Acrescentariam alguma outra série? Ou acha que The Big Bang Theory é a série nerd suprema? Compartilhe sua opinião conosco!

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Posted by Thais Alves

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