Estudo realizado pela Linux Foundation junto com o Yeoman Technology Group aponta ainda que cloud e Big Data são os principais fatores.
A instabilidade econômica global pode continuar a impactar nas previsões de gastos nos departamentos de TI ao redor do mundo, mas esse cenário não impede as grandes empresas de implementar mais servidores Linux em seus ambientes.
Pesquisa realizada pela Linux Foundation, em conjunto com o Yeoman Technology Group, mostra que 80% dos entrevistados não só adicionaram servidores com o sistema operacional em suas estruturas, como planejam adotá-lo ao longo dos próximos cinco anos.
O levantamento indica que 21,7% dos ouvidos planejam ampliar o número de servidores rodando Windows e mais de um quarto deverá diminuir a quantidade de servidores Windows do ambiente atual até 2017.
O relatório, “Linux Adoption Trends 2012: A Survey of Enterprise End Users”, aponta um quadro otimista para o uso de Linux nas empresas. Foram ouvidos 1,9 mil profissionais das maiores empresas do mundo e de instituições governamentais.
Outro dado relevante do estudo mostra que mais de 71% dos entrevistados disseram que o Linux foi usado para efetuar a entrega de novos aplicativos e serviços e a migração aconteceu principalmente por causa do legado de sistemas Windows e Unix. Além disso, quase 70% planejam aumentar o uso de Linux no próximo ano para atividades de missão crítica.
Big Data + cloud
Grande parte do crescimento do Linux nas empresas está relacionado à computação em nuvem (clud computing) e ao Big Data, sugere a Fundação Linux.
Quando o assunto é Big Data, por exemplo, mais de 75% dos entrevistados expressaram preocupação para suportar esse fenômeno que trata da mineração da grande quantidade de dados, e quase 72% estão escolhendo o Linux para executar essa tarefa. Em contrapartida, apenas 35,9% disseram que planejam usar o Windows para atender às demandas desse novo ambiente.
Ao serem perguntados sobre as razões para a escolha de Linux, os entrevistados citaram como os principais benefícios o custo total de propriedade (TCO, da sigla em inglês), “conjunto de recursos” e segurança. Mais de dois terços dos entrevistados consideram o sistema mais seguro do que outros disponíveis no mercado. O código aberto também foi citado como diferencial.
Vale dizer que os entrevistados da pesquisa fazem parte da associação Linux Foundation Enterprise End User Council, mas envolveu também outros participantes de fora.
Ainda assim, os dados indicam grande interesse no uso de Linux em algumas das maiores empresas do mundo. O sistema operacional há muito tempo desempenhou papel fundamental nos servidores e, ao que tudo indica, está ganhando força.
fonte: Katherine Noyes, da PC World (US)