Em uma das jornadas internacionais de estudos organizadas pela Solve for X (o laboratório de ideias da Google que promove projetos inovadores com tecnologias avançadas), a professora Yael Hanein, diretora do Centro de Nanociência, Nanotecnologia e Nanomedicina do Instituto da Universidade de Tel Aviv, apresentou o resultado do seu trabalho de 10 anos: uma retina artificial, capaz de substituir a ação dos fotorreceptores naturais dos olhos que foram danificados pela degeneração macular relacionada à idade (AMD).
A AMD consiste na degeneração progressiva, causada pela idade, da mácula (parte central da retina), e que pode afetar a capacidade visual a partir dos 50 anos. Quando um paciente sofre de AMD, seus fotorreceptores são prejudicados – e o olho perde a capacidade de receber os raios de luz e transformá-los em sinais elétricos transmitidos ao cérebro através do nervo ótico.
De acordo com Hanein, sua retina artificial substitui esses fotorreceptores por um dispositivo capaz de transferir sinais elétricos ao cérebro, emulando o processo natural. Embora ainda faltem detalhes importantes, já se comprovou que essa tecnologia funciona e é capaz de estimular e restaurar a informação visual da retina, mesmo que em um sistema essencialmente cego.
Fonte: Estado de Israel
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