Em 2004, arqueólogos encontraram na ilha de Flores, Indonésia, restos mortais de uma espécie hominídea incrivelmente pequena.
Com pouco mais de 1,10 metro de altura, o Homo floresiensis logo foi apelidado de “Hobbit”, em alusão aos pequenos criados por J. R. R. Tolkien e imortalizados nas trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
Os hobbits da ilha de Flores têm sido alvo de debate há mais de uma década. Uns acham que se trata de um Homo sapiens que se desenvolveu sob determinadas condições, outros acreditam ser uma espécie completamente distinta.
Uma descoberta recente, no entanto, lançou uma nova luz sobre o assunto. Uma equipe encontrou, a 72 quilômetros de distância dos primeiros hobbits, fragmentos com idade aproximada de 700 mil anos – quase 500 mil anos mais velhos que os primeiros encontrados.
Os achados incluem seis dentes e o pedaço de uma mandíbula. O tamanho da mandíbula indica que o ancestral do hobbit era tão pequeno quanto seus semelhantes, o que leva a crer que a espécie já andasse por aquelas bandas há muito mais tempo do que se imaginava.
A novidade traz implicações importantes no entendimento sobre a dispersão humana e a evolução na região, além de quebrar a ideia de que o Homo floresiensis era apenas um Homo sapiens adoecido.