Vez ou outra aparecem notícias sobre a chegada de um novo método contraceptivo masculino — obviamente, além da camisinha. A da vez é o Vasalgel, injeção que está sendo desenvolvida pela Parsemus Foundation. A ONG americana divulgou ter obtido ótimos resultados em testes com macacos e coelhos e afirmou que o medicamento pode chegar ao mercado em três anos, isto é, em 2017.
Não é que homens sejam egoístas ou despreocupados com a prevenção à gravidez, mas a questão é profunda e cultural. A pílula anticoncepcional feminina foi aprovada e passou a ser usada em 1960, há mais de 50 anos. Em todo este tempo a responsabilidade coube à mulher. A criação de um método contraceptivo masculino faria ambos os lados independentes.
A pergunta ainda sem resposta: você, homem, usaria um anticoncepcional?
Não há muitas pesquisas confiáveis sobre o assunto. Uma das melhores, feita Kaiser Family Foundation, é datada de 1997. Já passou muito tempo de lá para cá. Na época, 66% dos homens entrevistados disseram que topariam assumir esta responsabilidade. Por outro lado, eles sabiam pouco (20%) ou nada (50%) sobre métodos contraceptivos. Isso mostra que a maioria nunca nem se preocupou em saber sobre o tema.
Como funciona
Não é uma pílula anticoncepcional, como a feminina, e não é uma vasectomia, porque é reversível. O Vasalgel é um medicamento que é injetado nos vasos que levam o esperma na hora da ejaculação. Ele bloqueia o caminho e não deixa nada passar. O efeito é mais duradouro do que o de uma pílula feminina, então o procedimento não precisa ser feito todos os dias, mas pode ser revertido com um outro medicamento — e requer a coragem de aplicar o produto no local certo.
Quando chega? Quanto custa?
A Parsemus Foundation é uma ONG americana que diz investir em novos remédios que a indústria farmacêutica não tem interesse. Este anticoncepcional masculino, por exemplo, despertaria pouco interesse nas grandes corporações porque tem efeito de longo prazo — o sujeito não precisa refazer sempre o procedimento e, portanto, gasta menos.
Por isso mesmo a entidade depende de doações para prosseguir com as pesquisas. Ela disse ter recebido US$ 50 mil da David and Lucile Packard Foundation para desenvolver o Vasalgel, mas também pede ao público mais dinheiro, pois precisa de US$ 77 mil para completar os testes. Isso põe um ponto de interrogação sobre a credibilidade do estudo: sob a necessidade de conseguir mais doações, a ONG divulgaria resultados negativos?
Já foram realizados testes com macacos e coelhos, segundo a Parsemus. Três babuínos machos cujos vasos foram entupidos por Vasalgel acasalaram com dez a 15 fêmeas cada no mês passsado. Nenhuma engravidou. Com coelhos, anteriormente, deu o mesmo resultado. Agora os babuínos serão acompanhados por mais algumas semanas para que seja experimentada a reversão do efeito. Nada foi dito também sobre os efeitos colaterais. Em 2015 começam testes com humanos.
O preço do Vasalgel ainda não foi definido. Vagamente, a instituição afirmou que a injeção “não custará mais do que uma TV de tela plana”. E a perspectiva é colocá-lo no mercado daqui a três anos, em 2017, mas ainda não se sabe em quais países.
via GQ
Muito interessante, eu toparia! Já dei minha contribuição para o crescimento numérico da humanidade 🙂
Tu tá de sacanagem mano. O anticoncepcional masculino já foi testado e aprovado a quase 20 anos. O problema é que as FEMINISTAS boicotaram, fizeram campanhas e o caralho a quatro pra que o mesmo não entrasse em produção porque o mesmo seria um catalizador da “sociedade machista”.
https://www.youtube.com/watch?v=gFTU24EJ4T8