Independentemente do partido que controlará o governos dos Estados Unidos após as eleições do próximo mês, o interesse de Washington na forma como as empresas de internet usam os dados dos clientes vai continuar a crescer, e assim estas companhias têm reconhecido a necessidade de gastar mais dinheiro com lobistas. Ao contrário de alguns outros setores, no entanto, o seu investimento não é limitado aos métodos tradicionais de lobby. Elas estão olhando para seus usuários e estimulando-os a também colocar pressão sobre o Congresso.
Empresas de informática e Internet alistaram empresas de elite baseadas em Washington, DC K Street, em seus esforços, de acordo com Bill Allison, diretor editorial da Sunlight Foundation , uma organização sem fins lucrativos que promove a transparência governamental, colocando informações online. Google ainda contratou o ex-congressista Susan Molinari no início deste ano para dirigir o seu escritório de Washington. As empresas também aumentaram os seus gastos. No ano passado, a indústria de computadores e da Internet passou EUA 127 milhões dólares em lobby, acima dos US $ 123 milhões em 2010 e US $ 120 milhões em 2009, de acordo com oCenter for Responsive Politics (CRP) . Estas despesas tendem para cima novamente este ano, pelo menos alguns milhões, com base no valor de US $ 65 milhões para os primeiros seis meses.
Os aumentos mais notáveis, no entanto, são de duas das empresas mais quentes da Internet nos EUA. Custos de lobby do Google estão a caminho de quase quadruplicar nos últimos dois anos, subindo para US $ 9 milhões no primeiro semestre de 2012, de acordo com contagens pelo CRP. Na verdade, no ano passado, o Google superou todas as outras empresas na categoria computador e Internet, batendo o anterior recordista, a Microsoft por mais de US $ 2 milhões. Gastos do Facebook também tem acelerado rapidamente, mas ainda é apenas uma fração dos realizados pelo Google.
Mas este ano, as empresas de tecnologia também descobriram uma força política nova, quando uma campanha reuniu os usuários da Internet: a petição ao Congresso, levando à derrota da Lei para Parar a Pirataria Online (SOPA) . O projeto de lei queria determinar aos sites e motores de busca para cortar o acesso a sites não-USA que o governo suspeitasse de violação de direitos autorais. Principais empresas – incluindo Microsoft, Google, Yahoo, Facebook e Twitter – se opuseram ao SOPA. Mas o que tem a maior atenção foram as queixas constituintes, que foram incentivados pelos defensores dos direitos da Internet, tais como lutar pelo futuro , Advocacia motor , eoCentro para Democracia e Tecnologia (CDT) . As empresas de tecnologia ajudaram a criar uma onda na opinião pública; Wikipedia suspendeu seu site em protesto. Google cobriu seu logotipo de preto.
Foi um divisor de águas, fazendo uma enorme pressão sobre o Congresso, as empresas de Internet e defensores dos direitos também. Holmes Wilson, co-diretor de Luta para o Futuro, diz que a organização simplesmente "tropeçou em toda esta nova tática", percebendo que ele poderia se juntar com as empresas de Internet e, então, apelar diretamente para os usuários.
Se essas empresas "se alinharem com os interesses dos usuários, você tem essa coalizão poderosa que pode realmente enfrentar qualquer outra indústria e qualquer outro lobista", diz ele.
De fato, na esteira da SOPA, Luta para o Futuro formou um novo grupo, chamado de Liga de Defesa da Internet, para fazer exatamente isso. "Com a Liga de Defesa da Internet queremos levar essas táticas que foram tão bem sucedido em derrotar SOPA e tentar transformar essas táticas em um esforço contínuo e uma força permanente para defender a internet", diz Holmes.
Eles não são os únicos. Uma nova safra de organizações e parcerias está se formando para tentar influenciar a política Internet. Durante o terceiro trimestre deste ano, várias empresas de tecnologia formaram a Associação de Internet . De acordo com organizações de notícias várias, Google, Facebook, eBay e Amazon estão entre os membros fundadores. A associação, que foi programada para ser lançado em meados de setembro, disse em seu site que representa ambas as empresas líderes de Internet e "de sua comunidade global de usuários" e é "dedicada a promover soluções de políticas públicas para fortalecer e proteger uma aberta, inovadora e acessível Internet. "Michael Beckerman, mais recentemente, uma ajudante de cima para Casa Comitê de Energia e Comércio presidente Fred Upton, é seu presidente.
Os grupos de defesa e empresas de tecnologia estão mantendo em contacto próximo, diz Michael McGeary, diretor político e estrategista sênior de Advocacia Engine, que promove os interesses das start-ups. "Houve muita conversa durante SOPA entre lobistas em grandes empresas e alguns desses grupos emergentes, e um monte de que continuei", diz ele. "Estamos todos a pensar sobre [como] combinar nossas forças em algumas dessas iniciativas."
Quando alinhar seus interesses, tal combinação "poderia ser uma relação muito politicamente eficaz", afirma Mark Stanley, a campanha de comunicação e estrategista da CDT, que promove políticas para manter e promover a liberdade na Internet. "Mesmo com todo o dinheiro do tradicional lobby em Washington DC, o que ainda realmente funciona é milhões de cidadãos comuns correndo para fazer chamadas telefônicas."
Naturalmente, os interesses dos usuários e os interesses das empresas nem sempre se alinham. Os consumidores têm sido fundamentais, por exemplo, da forma como essas empresas coletar e usar dados sobre os seus utilizadores. "Na vida privada, eles poderiam estar no lado oposto de seus clientes", diz Allison da Sunlight Foundation. "Você não vai vê-los usando essa estratégia, então."
fonte: IEEE Spectrum
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