Uma pesquisa científica realizada pelo famoso endocrinologista Robert Greenblat traz um dado estranho e sombrio que ilustra os seis últimos anos de vida de Napoleão, na ilha de Santa Helena. Além das dores causadas pelo câncer no estômago, que teria sido a causa de sua morte, o líder militar e político francês teria padecido dos sintomas de uma doença glandular pouco comum, chamada Síndrome de Zollinger-Ellison (ZES). Esse mal teria motivado uma estranha mutação no corpo de Napoleão depois dos 40 anos. No início dessa metamorfose, seu corpo adquiriu formas mais arredondadas, enquanto sua genitália se atrofiou.
Segundo o artigo, publicado pela revista British Journal of Sexual Medicine, a ZES é causada por tumores na cabeça do pâncreas e na parte superior do intestino delgado, que resultam em graves desordens hormonais. Isso explicaria por que Napoleão, ao morrer, de acordo com os forenses que observaram seu corpo, estava com ombros estreitos, mãos e pés pequenos e peitos redondos e sem pelos, “os quais teriam sido motivo de inveja a muitas mulheres”. Essa transformação ocorreu durante sua maturidade e fez com que sua atividade sexual fosse reduzida drasticamente após seu casamento com a imperatriz Maria Luísa. Na mesma época, ele começou a sofrer também outros sintomas que o acompanhariam pelo resto de sua vida, como a letargia (sonolência prolongada) e as dores intensas no estômago.
Veja abaixo a máscara mortuária de Napoleão, feita pelo cirurgião britânico Francis Burton, que estava presente no momento da morte de Napoleão, então exilado na Ilha de Santa Helena, e que morreu no dia 5 de maio de 1821.
Fonte: ABC