O santo é festejado no dia 19 de setembro, 16 de dezembro e no sábado anterior ao primeiro domingo de maio quando se repete o milagre da liquefação de seu sangue, armazenado num relicário. Este ano ele não se repetiu, em Nápoles, na Itália, o milagre de São Januário. Às 19h15min do dia 16 de dezembro de 2016, a ampola foi recolocada no relicário que a custodia, e a Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral, foi fechada. A falta do milagre sempre esteve ligada a momentos nefastos da história da humanidade.
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Segundo a tradição católica, desastres acontecem quando o sangue de São Januário não se liquefaz em relíquia
Fonte: http://oglobo.globo.com
RIO — Muitos consideram que 2016 foi um ano ruim(especialmente para partidos e políticos corruptos), mas 2017 se anuncia como um ano pior. Ao menos para os católicos que acreditam no milagre de São Januário(*). Desde 1389, o sangue seco do santo armazenado numa relíquia se liquefaz em três datas anuais, sendo uma delas o dia 16 de dezembro. Porém, na cerimônia da última sexta-feira, o milagre não aconteceu.
(*) São Januário de Benevento (Latim: Ianuarius; Italiano: Gennaro – século III) é considerado um santo católico; alega-se que foi bispo de Benevento, Itália, e é mártir tanto para a Igreja Católica Romana como para as Igrejas Católicas Ortodoxas. Januário (em italiano Gennaro), patrono de Nápoles, foi bispo de Benevento no século III. De acordo com a tradição, Januário chamava-se Prócolo e pertencia à família patrícia dos “Ianuarii”, consagrada ao deus Jano. Condenado à morte no ano 305, segundo conta-se, durante as perseguições de Diocleciano, é considerado santo e mártir tanto para a igreja católica como para as ortodoxas.
É festejado no dia 19 de setembro, 16 de dezembro e no sábado anterior ao primeiro domingo de maio quando se repete o milagre da liquefação de seu sangue, armazenado num relicário. Não se repetiu, em Nápoles, na Itália, o milagre de São Januário. Às 19h15min do dia 16 de dezembro de 2016, a ampola foi recolocada no relicário que a custodia, e a Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral, foi fechada. A falta do milagre sempre esteve ligada a momentos nefastos da história da cidade: em setembro de 1939 e 1940, datas do início da Segunda Guerra Mundial e da entrada da Itália na guerra; em setembro de 1943, durante o início da ocupação nazista; em 1973, quando Nápoles foi atingida por uma epidemia de cólera; e, em 1980, por fim, ano em que se deu um terremoto de alta magnitude em Irpínia. (Wikipédia)
De acordo com a tradição, o fato de a liquefação do sangue não acontecer prenuncia um grande desastre. Foram poucas as vezes que isso aconteceu ao longo dos últimos 627 anos. Numa delas, em 1527, dezenas de milhares de pessoas morreram pela praga; em anos mais recentes, em 1939, começou a Segunda Guerra Mundial.
— Nós não devemos pensar em desastres e calamidades — afirmou o monsenhor Vincenzo De Gregorio, abade da Capela Real do Tesouro de São Januário em Nápoles, na Itália, ao jornal italiano “La Stampa”. — Nós somos homens de fé e devemos continuar rezando.
Anualmente, o milagre da liquefação acontece no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, em homenagem à Virgem Maria; no dia 19 de setembro, dia de São Januário; e no dia 16 de setembro, em referência à erupção do Monte Vesúvio de 1631, que teria sido contido após uma estátua do santo ser exposta para o vulcão.
Segundo a tradição católica, São Januário foi bispo da arquidiocese de Benevento que se opôs à perseguição romana e acabou condenado à morte em 305 por decapitação. Seu corpo e sua cabeça foram recolhidos por um senhor de idade, e levados para um local seguro, onde uma mulher encheu um frasco com seu sangue, que seria o que está guardado até hoje na relíquia.