Em 2001, foi revelado o que parecia ser a prova mais procurada sobre a existência do lugar que a Bíblia chama de “A casa do Senhor”, ou seja, o templo de Salomão, construído para guardar a Arca da Aliança (cofre sagrado que continha as tábuas dos Dez Mandamentos).
Trata-se de uma pedra negra, supostamente do ano 1000 a.C., que descreve consertos realizados pelo rei Joás no templo de Salomão. O serviço geológico de Israel analisou a tábua para verificar sua autenticidade e, em 2003, concluiu que o objeto era verdadeiro.
Mas quando o Museu de Israel quis fazer sua própria averiguação, tanto a pedra quanto o homem que a havia revelado desapareceram sem deixar rastros. Após uma busca intensiva, descobriu-se que o homem da tábua havia sido contratado pelo dono da maior coleção de antiguidades de Israel: Oded Golan.
Um comitê de linguistas e cientistas examinou minuciosamente a tábua e determinou que a mesma havia sido feita por uma equipe especializada de falsificadores. Golan foi denunciado por forjar antiguidades, e seu julgamento foi prolongado até 2012, quando ele foi absolvido de todas as acusações por falta de provas.
Mas a discussão sobre a veracidade da tábua ainda continua. Muitos especialistas a consideram absolutamente falsa, enquanto outros afirmam que é difícil acreditar que uma equipe de falsificadores possa conhecer com tanta certeza aspectos físicos, paleográficos, linguísticos e bíblicos, de modo a reproduzir tal objeto.
Fonte e imagem: BBC