Geólogos brasileiros encontram túnel escavado na Amazônia por “animal gigante” extinto
Uma equipe técnica da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) coordenada pelo geólogo Amilcar Adamy descobriu na região de Ponta do Abunã a primeira paleotoca gigante (toca de animais extintos) de toda região de Rondônia e da Amazônia. A estrutura cavernosa chamou atenção pelo formato circular e semicircular de grandes dimensões, pelos numerosos túneis interligados e por conter uma extensão AINDA indefinida.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Amazônia: Túneis gigantes, paleotocas, escavadas por “animais extintos” dizem geólogos
Fontes: http://www.blog.gpme.org.br e http://br.sputniknews.com
A pesquisa a respeito da área na Amazônia começou durante a execução do Projeto Geodiversidade de Rondônia (GD-RO) que aconteceu em 2010 e visava identificar sítios geo turísticos que poderiam contribuir com o desenvolvimento econômico do estado ao favorecer o ecoturismo em bases sustentáveis.
O geólogo Amilcar Adamy explica que a primeira visita aconteceu em 2010, despertando grande interesse dos pesquisadores. Junto com especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Estadual Paulista, o Serviço Geológico do Brasil – CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) voltou a analisar em julho os túneis de grandes dimensões, em formato circular e semicircular, interligados e de extensão AINDA indefinida.!!
Especialistas do Serviço Geológico do Brasil anunciaram a descoberta da primeira toca de preguiças gigantes da região amazônica. A paleotoca, escavada por animais extintos, já era conhecida pelos moradores locais, mas somente agora recebeu esta classificação.
Bem conservada e sem grandes obstáculos à circulação de pessoas, a paleotoca possui marcas de garra que indicam que foi escavada por animais extintos de grande porte da megafauna pleistocênia sul-americana, possivelmente uma preguiça gigante, extinta há cerca de 10 mil anos. A toca encontrada possui uma extensão que passa dos 100 metros, com altura que varia em seu decorrer, chegando a 3,1 metros em alguns lugares, e em outros, 1,5 metros. Apresenta-se bem conservada e, atualmente, é habitada por morcegos e pequenos insetos, mas também pode servir como esconderijo para outros animais, como cotias e até onças.
O Serviço Geológico do Brasil fará estudos complementares para aprofundar o conhecimento sobre a peleotoca descoberta, assim como buscará novas tocas na região. A pesquisa integra o Projeto Geodiversidade de Rondônia que identifica geoturísticos no estado.
A preguiça gigante surgiu na Patagônia e se desenvolveu na América do Sul. Viveram entre 2 milhões e 10 mil anos atrás. Chegaram a migrar para até o Canadá, existindo evidências de que teriam existido até 1.500 a. C. nas ilhas Hispaniola e Cuba. Este animal herbívoro de garras afiadas poderia pesar cinco toneladas e seis metros de altura.
Serão feitos estudos complementares na região para buscar novas tocas, além de detalhar a paleotoca descoberta e realizar escavações de pequeno porte na busca de evidencias fósseis das preguiças (inexistentes até o momento) gigantes e para a determinação da extensão total da caverna. Postado Agosto 2015.
No interior da paleotoca, foram encontradas marcas de garras, que ajudaram a identificar o animal produtor. Novos estudos serão feitos para a busca de outras paleotocas na região e a que já foi descoberta será analisada mais profundamente, com a realização de pequenas escavações à procura de evidências fósseis.