De acordo com pesquisadores britânicos, os CENTAURUS, corpos celestes com características de cometas e asteroides, podem, no futuro, colidir com a Terra. A descoberta de centenas de imensos cometas na parte externa do Sistema Solar nos últimos 20 anos, significa que esses antigos objetos representam uma ameaça real para a nossa civilização, disse um grupo de astrônomos liderados por Bill Napier da Universidade de Buckingham, na Inglaterra.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
COMETAS GIGANTESCOS DE FORA DO NOSSO SISTEMA SOLAR PODEM REPRESENTAR UMA AMEAÇA PARA A NOSSA CIVILIZAÇÃO
Fonte: http://www.sci-news.com/astronomy/outer-solar-systems-massive-comets-hazard-civilization-03534.html
Cometas massivos, também conhecidos como Centauros, têm entre 50 e 100 km de diâmetro, ou até mesmo são maiores. Eles se movem em órbitas instáveis cruzando a órbita dos planetas gigantes gasosos do Sistema Solar – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

De acordo com pesquisadores britânicos, os CENTAURUS, corpos celestes com características de cometas e asteroides, podem, no futuro, colidir com a Terra
Os campos gravitacionais planetários, podem ocasionalmente defletirem esses antigos cometas colocando-os em rota na direção do nosso planeta.
Cálculos da taxa com as quais os centauros entram no Sistema Solar Interno, indicam que um é defletido na direção da órbita da Terra, uma vez a cada 40.000 a 100.000 anos.
Quando estiverem no espaço próximo da Terra, espera-se que eles se desintegrem em poeira e em fragmentos maiores, inundando o Sistema Solar interno com detritos cometários fazendo com que os impactos com a Terra sejam inevitáveis.

Acima: A Pequena lua de Saturno Phoebe, mostrada nesta imagem, parece provável que seja um cometa tipo Centauro que foi capturado pela gravidade do gigante de gás em algum momento no passado. Crédito da imagem: / / Instituto de Ciência Espacial da NASA JPL-Caltech.
“A desintegração desses cometas gigantes produziriam períodos intermitentes mas prolongados de bombardeios durando cerca de 100.000 anos”, disse o professor Napier e seus colegas da Universidade de Buckingham e do Observatório Armagh no Reino Unido.
“Eventos de extinção em massa e divisões de períodos geológicos na Terra, mostram um determinado padrão, do mesmo modo que os níveis de poeira e meteoroides na atmosfera superior”.
Episódios específicos ambientais ocorridos por volta de 10.800 a.C. e 2.300 a.C., são também consistentes com esse novo entendimento das populações de cometas.
“Nos últimos 10000 anos, a Terra experimentos a chegada intermitente de poeira, meteoroides e fragmentos de cometas da desintegração do cometa 2P/Encke, preso dentro da órbita de Júpiter”, dizem os cientistas.
O Professor Napier e os coautores também descobriram evidências de campos distantes da ciência para suportar esse modelo.
Por exemplo, a idade das crateras submilimétricas identificadas nas rochas lunares trazidas pelas missões Apollo são quase todas com idade inferior a 30.000 anos, indicando um vasto aumento na quantidade de poeira no Sistema Solar Interno desde então.

ASTEROIDE 410777 2009 FD: 3 de março de 2185: Este é o único asteroide conhecido que justifica qualquer nível de preocupação. Em 3 de março de 2185, a rocha fará uma passagem muito próxima da Terra, ainda não se sabe de que distância. A razão da incerteza é que, até lá, o caminho da rocha pode mudar muito por causa da maneira como que ela é aquecida pelo Sol ou por outros fatores espaciais, aumentando ou diminuindo as chances de um possível impacto. O 410777 2009 FD, que mede 160 metros de diâmetro, está sendo monitorado bem de perto pelos astrônomos.
“Nosso trabalho sugere que nós precisamos olhar além da nossa vizinhança imediata também, e olhar além da órbita de Júpiter para encontrar os centauros”, disse o Professor Napier, que é o principal autor do artigo publicado na revista Astronomy & Geophysics.
“Se nós estivermos corretos, então esses distantes cometas poderiam representar uma séria ameaça e esse é o momento de entendermos melhor esses objetos”.
Bill Napier et al. 2015. Centaurs as a hazard to civilization. Astronomy & Geophysics 56 (6): 6.24 – 6.30; doi: 10.1093/astrogeo/atv198