Nanosatélite brasileiro irá reentrar na atmosfera

O nanossatélite Serpens vai reentrar na atmosfera terrestre até o fim deste mês de março. O Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens) foi lançado ao espaço no dia 17 de dezembro de 2015, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), e completa com sucesso a sua missão.

Desenvolvido por um consórcio acadêmico coordenado pela professora Chantal Cappelletti, da Universidade de Brasília (UnB), o equipamento foi desenvolvido para coletar, armazenar e retransmitir dados ambientais usando bandas de frequência de radioamadorismo. O projeto, apoiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), tem como propósito a capacitação de estudantes de cursos de engenharia aeroespacial no Brasil.

Construído em 18 meses, o cubesat fez coleta de dados ambientais em diversas partes da Terra. A cada 90 minutos, aproximadamente, o Serpens dá uma volta ao redor do planeta. Desde o começo da missão, o satélite forneceu mais de 150 mil pacotes de telemetria e mais de 700 acessos de comunicação. Os sinais foram captados por vários radioamadores do Brasil e do mundo, sendo a maior parte das operações em órbita coordenadas pela estação de solo da Universidade de Vigo, na Espanha, parceira internacional do projeto.

Equipe que desenvolveu o nanosatélite Serpens

“O Serpens vem cumprindo seus objetivos, que começam com a concepção da missão, os estudos de viabilidade, projeto dos sistemas, construção, testes, lançamento e operação”, afirmou o engenheiro mecatrônico e bolsista da AEB, Gabriel Figueiró.

Figueiró afirmou ainda que, nos primeiros meses em órbita, foi possível experimentar a coleta de dados ambientais com uma plataforma no espaço construída com a participação de estudantes e jovens engenheiros brasileiros.

Trabalho conjunto

A primeira missão do programa foi coordenada pela UnB, com a participação de outras unidades de ensino federais: Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto Federal Fluminense (UFF). Também participaram do processo universidade do exterior: Universidade de Vigo (Espanha), Sapienza Università di Roma (Itália), Morehead University (EUA) e California State Polytechnic University (EUA).

A proposta é que as instituições se revezem na coordenação do projeto. Pelo cronograma, a UFSC será responsável pelo desenvolvimento do Serpens 2.

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Posted by Wladimir

Nerd desde sempre. Começou a programar em Basic, em um CP 400 Color II lá por 1985. Fã de Star Wars, Star Trek e outras séries espaciais. Pai de 4 filhos - um era pra se chamar Linus, mas o nome encontrou muita resistência :( Aliás, software livre é outra paixão. Usuário Linux desde 1999. Presidente da Associação Software Livre Santa Catarina. Defensor do livre compartilhamento. É o compartilhamento que tem feito a humanidade avançar. As ideias são uma construção coletiva da humanidade :) Foi fundador do Partido Pirata do Brasil e membro de sua 1ª Executiva Nacional (2012-2014). Foi também assessor do gabinete do Ministro da Ciência e Tecnologia durante 2016, até a efetivação do golpe que destituiu Dilma Rousseff. Ah, também é editor aqui dessa bagaça, onde, aliás, você também pode colaborar. Só entrar em contato (42@nerdices.com.br) e enviar suas dicas, artigos, notícias etc. Afinal, a Força somos nós!

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