A atividade do Sol está caindo e nós sentiremos isso na pele, literalmente. De acordo com a pesquisadora Valentina Zharkova, da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, em 15 anos nós entraremos em uma “mini era do gelo”. Os resultados do seu trabalho foram apresentados no Encontro Nacional de Astronomia, em Llandudno, no País de Gales, e publicados pela Sociedade Real de Astronômica.
A pesquisadora desenvolveu um modelo capaz de prever com maior precisão os ciclos solares, que deverão cair para menos da metade entre 2030 e 2040. Acredita-se que a atividade solar ocorre por um sistema turbinado de fluídos no interior da estrela. Zharkova e sua equipe descobriram ondas magnéticas que flutuam em duas camadas do Sol e, ao estudar os dados das ondas duplas, as previsões se tornaram muito mais precisas, em torno de 97%, de acordo com a pesquisadora.
Usando este método, ela e sua equipe descobriram que haverá muito menos atividade nos ciclos solares. Poderemos viver um período chamado de Mínimo de Maunder, como é conhecido o tempo em que as manchas solares são raras. O último ocorreu entre 1645 e 1715, quando foram registrados cerca de 50 manchas solares, quando o padrão são nada menos do que 40 mil. Esse período foi marcado por temperaturas brutais, com congelamento de rios na Europa e América do Norte.
As consequências devido ao diferente comportamento do Sol podem ser devastadoras e ir muito além de mudanças de temperatura. Assista ao vídeo abaixo e entenda como o Sol pode ser responsável até pela forma como observamos o mundo e as cores que conhecemos:
Fonte: Sociedade Real de Astronômica