Estamos vivendo a revolução digital. Ela se dá em todos os aspectos da vida humana: na economia, nos costumes, na comunicação, na política, na medicina, em tudo mesmo. Pra onde iremos? No que vai dar essa revolução digital? Difícil prever. Nunca li uma linha de algum economista sobre o assunto. Creio que nenhum imaginava, em seus maiores delírios, o que estamos presenciando. E estamos apenas no início desta revolução!
Neste post destaco três notícias, todas relacionadas às impressoras 3D. Estas máquinas estão promovendo, e promoverão ainda mais, uma grande revolução na indústria. E provocarão a ira da indústria do copyright e dos direitos autorais.
Dreambox: impressão 3D instantânea
Insira uma cédula, escolha o design, espere seu objeto ser impresso e pronto. E se pudéssemos fabricar (e comprar) objetos feitos por impressoras 3D da mesma maneira com que compramos refrigerantes e salgadinhos em máquinas?
É essa a ideia por trás da Dreambox, apresentada em um evento da Universidade de Berkeley. Para usá-la, basta escolher um design em seu sistema, ou fazer um upload de seu próprio design através de uma conexão USB, apertar o botão print e esperar o objeto ficar pronto. E, como a impressão da Dreambox naturalmente é mais demorada do que uma máquina de refrigerantes, é possível cadastrar seu celular e receber uma notificação quando seu design estiver pronto.
De acordo com seus criadores, a máquina tem potencial de revolucionar os serviços de impressão 3D, já que empresas tercerizadas demoram não menos do que 3 semanas para imprimir protótipos.
Por enquanto a máquina ainda está em desenvolvimento e não se sabe quanto ela irá custar. No entanto, o protótipo ficará a disposição dos alunos da Universidade de Berkeley para testes.
75% do crânio substituído por peças impressas
Um homem não-identificado nos EUA teve 75% do crânio substituido por uma réplica feita por impressão 3D. Para produzir os ossos falsos, cientistas examinaram o formato do crânio do paciente para criar uma cópia perfeita.
O objeto foi especialmente projetado para estimular o crescimento de células ao seu redor, que tornem a adaptação da ‘prótese’ mais simples. Se tiver sucesso a longo prazo, a técnica pode se tornar indispensável para tratamentos de fraturas. Pelo menos é o que acredita a empresa por trás da tecnologia, a Oxford Performance Materials. De acordo com suas estimativas, 500 pessoas por mês, com diferentes tipos de fratura – só nos EUA – poderiam se beneficiar de implantes do tipo.
Cada prótese pode ser produzida em até duas semanas após entregues os exames que mostrem a estrutura a ser replicada.
Carro produzido em impressora 3D
“Urbee é um carro híbrido para dois passageiros, concebido para ser incrivelmente eficiente no consumo de combustível, fácil de consertar, seguro para dirigir e barato de comprar”. Lendo assim, a apresentação desse carro não impressiona – a pessoa que escreveu o texto de apresentação no site do veículo não fez jus ao produto. O tal do Urbee 2 é provavelmente o carro mais inovador da atualidade.
Além da estética diferentona (o pessoal do TechCrunch disse que o Urbee parece um mouse gigante) ele saiu direto de uma impressora 3D. Com as peças sendo impressas separadamente, fica mais fácil criar um carro leve, com o design todo voltado para a economia de combustível e o menor dano possível ao meio ambiente. Coisa que carros grandes, montados por robôs imensos, feitos com metal e com um motor barulhento dentro simplesmente não conseguem.
O carro é feito basicamente de plástico polímero fundido (partes como o chassi e o motor são de metal mesmo, não tem jeito) e são necessárias 2.500 horas de impressão até que ele esteja completamente pronto. A ideia do Urbee 2 é pegar peças de um veículo comum e imprimir de uma vez só, como se aquelas várias partes separadas fossem uma só coisa. Por ter menos peças, o peso do carro diminui e possibilita uma aerodinâmica sem precedentes. Com três todas, a velocidade máxima do protótipo é de 64 km/h.
Os responsáveis pelo feito são os designers da Kor Ecologic e as peças do carro foram impressas na RedEye, mesmo local de nascimento da primeiro moto criada em uma impressora 3D. O Urbee 2 Já tem 14 pedidos e deve custar 50 mil dólares.
Com informações da Revista Galileu
Opine
