Muitas das versões anteriores do Ubuntu foram criticadas por não trazer muitos novos recursos. Eu concordo com o fato, embora ache a reclamação injusta.
No que tange a versão 14.04 LTS Trusty Tahr, lançada em Abril, é importante lembrar que se trata de uma versão de suporte estendido (LTS, quer dizer Long Term Support).
Estas versões são voltadas para usuários corporativos e pessoas que precisam de mais estabilidade em detrimento das eventuais novidades.
Por este motivo, é que é injusto criticar esta última versão do sistema operacional da Canonical por ter sido tão conservadora nas mudanças.
Uma das mudanças mais aguardadas é o Mir Display Server, que provavelmente virá no Ubuntu 14.10 (que sai em Outubro) — esta, sim, uma distro voltada pro público que gosta de ver novidades.
Saiba mais:
Saiba qual Ubuntu escolher — leia aqui sobre os diversos sabores do Ubuntu, suas diferenças, a que públicos são voltados e saiba escolher o melhor para você.
O que há de bom no Ubuntu 14.04 LTS
Ficou nítido que ele está mais rápido (dentro de certas condições) e o gerenciamento de memória está bem melhor.
Como já era de se esperar, quem usa netbooks ou máquinas com capacidade mais limitada de processamento vai sofrer para executar vários programas simultâneos e, se tiver menos de 4 Gb de memória RAM, o ideal é controlar com mão-de-ferro a quantidade de abas ou janelas abertas no navegador.
Em máquinas mais modestas, a melhor opção pode ser o Ubuntu 12.04 LTS — como o nome indica, esta versão também tem suporte estendido (e é até 2017!), o que faz dela a opção mais indicada para máquinas de produção e usuários que querem a versão mais estável do Ubuntu.
No que toca as placas gráficas, o suporte da Intel ao Linux se faz sentir, com um melhor aproveitamento de recursos e uma estabilidade que se destaca, até mesmo, frente aos processadores gráficos da AMD.
Mesmo tendo o kernel 3.14 disponível, a Canonical usou o 3.13 — mas “puxou” o máximo de melhorias pra dentro do 3.13, inclusive uma série especial de drivers Intel Broadwell.
Alguns usuários relataram que tudo anda melhor nas relações entre a Nvidia e o Linux e que a qualidade dos drivers (quase) não fica a dever pros drivers para Windows.
Falando sobre games… a Steam tem feito um ótimo trabalho, implementando melhorias a cada nova versão e, dizem, está ajudando a levar o Linux a dominar a indústria dos games — eu ainda não sei se já é possível afirmar isto. Mas as ótimas relações entre Ubuntu e Valve já são conhecidas e estão produzindo seus frutos — jogos em 4k, é algo de que se pode falar, neste sentido.
Conclusão
Se você tem uma máquina de 64 bits, com um bom processador de 2 núcleos ou mais e, ainda, 4 Gb de memória RAM, você deveria pensar seriamente em experimentar o Ubuntu 14.04 LTS Trusty Tahr.
A Canoninal fez um bom trabalho.
Na minha experiência de uso, não tive nenhum contratempo ou travamento — nem rodando o sistema em uma máquina de recursos limitados — um netbook com processador Atom 800 Mhz e apenas 2 Gb de memória RAM. Neste caso, o sistema só ficará lento se você for muito abusado (eu sou, às vezes).
Mas não trava.
O que vem pela frente
Agora, em Julho, há uma previsão de lançamento de uma atualização — com o lançamento do Ubuntu 14.04.1 LTS, em que se fará presente um apanhado de correções.
Em Agosto, para quem usa o 12.04, chega a atualização 12.04.5.
E àqueles que estiverem sequiosos(as) por novidades, resta esperar pelo 14.10, que chega em Outubro — espera-se, então, finalmente, por as mãos e os olhos no novo Mir.
Opine
