O Parlamento Europeu pediu uma nova legislação para regular a capacidade das empresas de cartão de crédito de recusar serem intermediárias no processo de doações ao WikiLeaks.
Membro do Partido Pirata e do Parlamento, Christian Engström, disse que "não é razoável que a Visa, a MasterCard e o PayPal possam unilateralmente bloquear doações para o WikiLeaks".
"Isso aconteceu sem fundamentos legais e devem ser levado em consideração como as três empresas colaboraram com o governo norte-americano para silenciar uma voz inconveniente. É inaceitável que as empresas privadas tenham esse tipo de poder sobre a liberdade de expressão", disse.
O WikiLeaks fez a mesma observação em seu site: "O bloqueio está além de qualquer processo público. É realizado sem qualquer fiscalização democrática ou transparência". Segundo a organização, desde dezembro de 2010, o bloqueio de doações imposto pela Visa, MasterCard e PayPal, juntamente com o Bank of America e Western Union, eliminou 95% de sua receita.
Na terça-feira, o Parlamento Europeu votou a favor do texto que "considera que é de interesse público definir regras objetivas que descrevem as circunstâncias e procedimentos em que os sistemas de pagamento de cartões podem unilateralmente recusar a aceitação". Esse texto será enviado para a Comissão Europeia para solicitar novas leis que limitem e regulem o direito das empresas de recusarem um cliente.