Desde 2011 a Funai monitora o grupo via satélite e por meio de sobrevoos. Segundo Fabrício Amorim, coordenador de Proteção e Localização de Índios Isolados da Funai, as atitudes dos Moxihatëtëa indicam que o grupo quer se manter isolado, já que suas ações apontam que eles procuram evitar contatos com a sociedade não indígena. “É possível, no entanto, que eles tenham contatos esporádicos e não permanentes com outros grupos de Yanomami”, diz.
O sobrevoo indica que os índios estão bem. Eles produzem roças de banana e o número de tapiris (abrigos indígenas) permanece o mesmo desde que o grupo passou a ser monitorado, apontando para uma possível estabilidade do número de famílias. Mas durante o sobrevoo também foram feitas descobertas preocupantes. Os pesquisadores avistaram pistas de pouso clandestinas e balsas para extração ilegal de ouro na região.
O Brasil concentra a maior população de povos isolados conhecida no mundo. De acordo com a Funai, o país reconhece a existência de 103 registros, sendo 26 confirmados. As ações de localização de grupos isolados por parte do órgão indicam que esse número pode aumentar ainda mais nos próximos anos.
Fonte: Funai imagem: Guilherme Gnipper Trevisan/Funai/Divulgação