Ainda hoje, os Shuaras sobrevivem na Floresta Amazônica, na região entre o Peru e o Equador. Chamados de jivaros pelos conquistadores espanhóis, esses guerreiros ferozes são conhecidos por seu costume de encolher os crânios de seus inimigos e utilizá-los como amuletos.
Estima-se que aproximadamente 120 mil indivíduos pertencentes a essa tribo vivem na região. Alguns incorporaram a cultura urbana e adotaram o catolicismo como religião, enquanto outros resistem isolados na selva e ainda conservam suas tradições milenares.
Quando duas tribos Shuaras se enfrentam, o líder do clã vencedor encolhe a cabeça do líder perdedor durante um ritual complexo, que é realizado na total solidão. Depois que o crânio é separado do resto do corpo, são retirados os tecidos moles e os ossos. Em seguida, ele é fervido por 15 minutos, seco ao Sol e untado com óleos especiais. Por fim, são colocadas pedras pequenas nas órbitas dos olhos e plumas nos cabelos. Os traços faciais ficam surpreendentemente intactos após o procedimento. Depois dessa cerimônia, a tribo derrotada se une pacificamente à vencedora.