Existiu sobre a Terra um monstro semelhante ao famoso King Kong, o animal gigante dos filmes de ficção? A resposta é sim: o Gigantopithecus era um primata que chegava a medir três metros de altura e a pesar 500 quilos. Esse foi, sem dúvida, o maior primata da história.
Agora a pergunta é: como é possível que um monstro de tamanha envergadura e com uma força sem paralelos no reino animal tenha acabado extinto?
A extinção do Gigantopithecus, que desapareceu do planeta sem deixar vestígios há cem mil anos, é o objeto de uma pesquisa recente de uma equipe formada por cientistas do Centro Senckenberg de Evolução Humana, em Tubinga, e do Centro de Pesquisa de Frankfurt. Segundo artigo publicado pela Quaternary International, a causa da extinção do King Kong foi uma total falta de adaptação.
Após analisar o esmalte dentário de um dos poucos fósseis encontrados do primata, para tentar achar pistas sobre a variação de sua dieta, os pesquisadores concluíram que a causa de seu desaparecimento foi a mudança climática ocorrida no Pleistoceno, quando florestas viraram pastagens, fazendo com que os alimentos ao alcance do Gigantopithecus fossem insuficientes. É que esse protótipo do King Kong era tão grande e pesado que não conseguia subir nas árvores e, além disso, necessitava de uma grande quantidade de comida para sobreviver. Por isso, quando seu habitat se modificou e se tornou menos rico, a espécie não foi capaz de sobreviver.
Fonte: ABC