O Partido Pirata na Islândia continua na frente das intenções de voto para as eleições parlamentares que tomam lugar na próxima semana. A última sondagem reflete uma intenção e voto a rondar os 20%, o que, como aponta o TorrentFreak, representará uma vitória histórica para o partido fundado em 2006 por Rick Falkvinge, na Suécia.
Mas o que pretende o Partido Pirata para o futuro da Islândia? A membro do Parlamento islandês para o Partido Pirata, Ásta Helgadóttir, aponta a importância de “adotar uma nova constituição”, que “mudará a forma como a Islândia funciona como uma democracia, tornando-se muito mais significativa”. “Os Piratas estão focados numa descentralização de poder, acesso a informação e direitos humanos e civis. Os pilares de qualquer noção significativa de uma democracia”, apontou Helgadóttir
Este acesso mais livre à informação tem sido um tema central no posicionamento do Partido Pirata, que tem visto a censura e perseguição a sites como o The Pirate Bay como um passo dado na direção errada, temendo que venham a ser aplicadas mais medidas que censurem a informação contida online. “Estas medidas não são a solução e apenas aumentam o problema. Tem de haver uma revisão da lei de direitos de autor e como os criadores são compensados pelo seu trabalho”, afirmou Helgadóttir.
Oficialmente, o Partido Pirata refere não ter expetativas de governar a Islândia, esperando no entanto alargar a sua presença dentro do Parlamento do país que permita continuar a promover o seu programa.