Os dinossauros do mundo da tecnologia conhecem e provavelmente já tiveram um palmtop – ou apenas palm.
Os palmtops foram, na minha opinião, o primeiro passo rumo ao mundo mobile. Há dez anos atrás tinham uma presença muito significativa no mundo corporativo, principalmente, com os usuários e as empresas optando entre produtos da Palm, da Sony, da HP e da Blackberry (embora a Blackberry não seja bem o mesmo conceito da Palm, mas cumpria muitas das tarefas feitas pelas outras marcas).
A Palm foi pioneira, muito antes da Apple, neste meio. Os palms eram, basicamente, pequenos computadores, onde o usuário escrevia direto na tela com uma “canetinha de plástico” (stylus), e podia usar programas como editores de textos, e-mails, navegadores, IRC, messengers, editores de imagens, jogos (muitos jogos) e também – acreditem – falar! Sim, os palmtops evoluíram até o ponto de se tornarem smartphones. Eu ainda tenho um Palm Centro, e uso todos os dias 🙂
O que é o iPhone? É o Palm que deu ultra-mega-hiper certo. Aí que entra a diferença individual, o talento de cada um. Steve Jobs conseguiu vender o produto. Um produto que não era novo. O iPhone não fazia NADA que os palms já não fizessem. Mas soube vender e se tornar um gigante na área. E a Palm? Bem, a Palm, perdida, acabou sendo vendida para a HP e, pouco tempo depois, enterrada.
Agora, surge a notícia da aquisição, por parte da Apple, de patentes da Palm. Por US$ 10 milhões, repassados à empresa japonesa proprietária Access, a lista inclui tecnologias de rede e telecomunicações que chegaram a ser classificadas de “inúteis” por Steve Jobs.
Segundo conta o site 9to5Mac, o falecido presidente da Apple havia recusado a oferta de venda do antigo CEO da Palm, Ed Colligan. A ideia surgiu como uma medida de proteção para o iPhone, mas foi minimizada por Jobs. Isso apenas reforça o que escrevi aqui. A origem dos nossos modernos smartphones está lá na sempre querida Palm…