Argentina tem primeiro caso de ameba que ‘come cérebro’

 

Um menino de oito anos morreu na Argentina após contrair a Naegleria fowleri, conhecida como a ameba que “come cérebros” por destruir o tecido cerebral.

A criança nadava em lagoa próxima à província de Junín, localizada a 320 quilômetros da cidade de Buenos Aires, a capital do país.

É a primeira vez que o caso raro é relatado na Argentina. As informações são do jornal argentino “Clarín”.

Segundo o jornal, o menino contraiu o parasita em fevereiro de 2017 e teve febre, dores de cabeça e vômitos.

A criança também apresentou fotofobia e sintomas de meningite (inflamação das membranas que protegem o cérebro).

Ele faleceu entre cinco e sete dias depois, diz o jornal.

Na época, o caso foi relatório em boletim epidemiológico local, mas foi divulgado na última semana na Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, disse a publicação.

A doença tem alto grau de mortalidade. Os Estados Unidos, que já registraram 129 casos da condição entre 1962 e 2013, registrou apenas dois sobreviventes.

Uma fonte do jornal argentino, Sixto Raúl Costamagna, ex-presidente da Associação Parasitológica da Argentina, acredita que a ameba tenha chegado ao país por alterações climáticas globais.

 

Pequenas variações de temperatura produzem modificações nos ciclos dos parasitas“, disse Costamagna ao “Clarín”.

 

 

Doença progride rapidamente

 

A Naegleria fowleri é frequentemente encontrada em água doce, como lagos, rios e nascentes de água quente.

Esse parasita nada livremente e, em geral, entra no corpo pelo nariz, enquanto as pessoas nadam ou mergulham. Ele pode, então, chegar até o cérebro e causar uma infecção devastadora.

Os sintomas iniciais costumam começar dentro de um a sete dias e podem incluir dor de cabeça, febre, náusea e vômitos.

A doença progride rapidamente, e outros sinais comuns são rigidez no pescoço, confusão, perda de equilíbrio, convulsões e alucinações.

Além disso, a infecção destrói o tecido cerebral e pode causar edema (acúmulo de líquido) e morte.

 

 

Fonte: G1

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