A prática é milenar, surgiu na índia e foi aperfeiçoada na Tailândia e no Japão
O pompoarismo consiste na contração da musculatura vaginal para, assim, fortalecê-la. Os exercícios começam com técnicas respiratórias e relaxamento muscular, alongamento da região íntima, glúteo, coxas, abdome e costas, e massagens.
Existem também objetos que fazem a diferença nessa prática como “pesinhos” e “cones” vaginais para estimular a musculatura. Engana-se, no entanto, quem acredita que a ginástica íntima visa apenas melhora no desempenho sexual feminino.
Os benefícios do pompoar vão além disso.
Segundo a dra. Flávia Fairbanks, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP), a ginástica traz melhorias ao tônus muscular fortalecendo a região genital, o que contribui para a melhor satisfação sexual, além de prevenir incontinência urinária na pós-menopausa e na gestação. Ainda para as futuras mamães, a prática auxilia no preparo para o parto vaginal. Para as mulheres com problemas urinários, o beneficio é ainda maior, pois o pompoarismo costuma diminuir as queixas e o quadro de perdas vaginais por auxiliar na musculatura íntima.
“Do ponto de vista médico, não existe indicação para o pompoarismo em si. Indicamos com frequência a realização de fisioterapia do assoalho pélvico, que é muito mais ampla, mas até divide alguns pontos em comum com o pompoar”, explica a dra. Flávia.
Grávidas que já dominam as técnicas do pompoarismo não sofrem restrições na gestação desde que a mesma esteja em evolução saudável e que seja de baixo risco. Apesar disso, é importante que, em todos os casos, a discussão sobre essa prática seja feita com o obstetra responsável por seu pré-natal. Já a fisioterapia do assoalho pélvico é recomendada na gestação às futuras mamães que pretendem ter parto vaginal, mas não se restringe a essa via de parto, pois pode beneficiar todas as gestantes.
Apesar de todos os benefícios citados, a prática do pompoarismo deve ter acompanhamento profissional em todo e qualquer caso. Os cuidados devem ser tomados dentro da esfera sexual para que não se crie grandes expectativas e até mesmo para que não resulte em danos à mucosa vaginal. Gestantes de alto risco para partos prematuros e pacientes com desconfortos pélvicos ainda não investigados a fundo sofrem restrição à prática.