Não sabemos exatamente quantos corpos permanecem no Monte Everest atualmente, porém, acredita-se que sejam mais de 200. Entre escaladores e nativos da região, muitos permanecem enterrados nas fendas. Sob a neve das avalanches e expostos nas encostas. A maioria deles não são vistos facilmente. Alguns fazem parte da rota para o cume. E até mesmo servem de ponto de referência.
O corpo do indiano Tsewang Paljor talvez seja o mais famoso de todos. Popularmente conhecido como ‘botas verdes’. Desde 1996 seu corpo descansa próximo ao cume do Everest. Algumas lendas contam que quando a neve está escassa, os alpinistas que escalam a face norte do monte, têm de pular sobre suas pernas no caminho até o pico. O que não é necessariamente verdade.
A zona da morte
Precisamente a 7.200 metros acima do nível do mar, no acampamento III, náuseas, vertigens e tonturas podem fazer com que muitos tenham que voltar para a base da montanha. Mas aqueles que seguem em frente, por volta dos 7.900 metros, entram na já conhecida “zona da morte”. Em menos de 1 quilômetro, o suporte de oxigênio adicional é indispensável.
Caso você tenha o equipamento necessário e siga em frente, aos 8.500 metros você pode vir a descobrir que as suas extremidades começam a se congelar. E qualquer pequena queda na neve pode ser fatal. Mas para muitos subir até o topo do Everest em seus pretensiosos 8.848 metros, é como conquistar o universo.
Centenas dos cadáveres que jazem no monte não foram encontrados. Por outro lado, um dos que foram encontrados e reconhecidos, serviu até como inspiração para um capítulo de Os Simpsons. Conhecido como Peter Boardman, ele morreu sentado e foi descoberto na mesma posição em 1992. Dez anos depois de seu desaparecimento.
Outros corpos conhecidos pelos exploradores são de Frances e Serge Arsentiev, Bruce Herrod e Shriya Shah-Klorfine, que morreram a 8.300 metros de altura. Seus corpos servem como aviso para os alpinistas, para que tomem os cuidados necessários e evitem riscos desnecessários.