Astrônomos refazem cálculos sobre planetas potencialmente habitáveis, e o resultado é surpreendente

 

Astrônomos da Nova Zelândia usaram novas técnicas científicas para rever o número de possíveis planetas parecidos com a Terra em nossa galáxia. A Universidade de Auckland agora fornece uma estimativa de cerca de 100 bilhões de planetas possivelmente habitáveis.

A hipótese anterior era mais próxima de 17 bilhões, uma diferença substancial. Usando esses novos dados e considerando as quase 500 bilhões de galáxias no Universo nos levam a uma possibilidade surpreendente – algo como 50 sextillion de planetas que podem conter a vida tal como a conhecemos.

O processo empregado para estimar os novos números é chamado de micro-lente gravitacional. Esse processo atualmente está sendo usado no Observatório do Monte John por uma equipe da Nova Zelândia. A capacidade do processo de micro-lente gravitacional de detectar objetos em condições de luz extremamente, baixas ou sem condições, faz com que esta seja uma ferramenta mais exata quando comparada à magnitude aparente, a técnica usada anteriormente.

O processo de magnitude aparente envolvia a medição do escurecimento das estrelas quando os planetas passam entre elas e a Terra. Embora usado por instituições como o Centro Harvard Smithsoniano para a Astrofísica e pelo Observatório Espacial Kepler, a magnitude aparente apresentava algumas desvantagens importantes.

O Dr. Phil Yock, representante do departamento de física da Universidade de Auckland, disse:

 

Kepler encontra planetas do tamanho da Terra que são bastante próximos das estrelas-mãe. Esses planetas são mais quentes do que a Terra.

 

Os cientistas têm sido céticos quanto à possibilidade de vida em planetas tão próximos dos seus sóis. A zona habitável circunstelar, frequentemente chamada em inglês de zona Goldilocks, é considerada um lugar mais provável para a vida extraterrestre, uma vez que contém as condições não muito quentes e não muito frias para suportar água no estado líquido.

Em contraste, a micro-lente gravitacional não considera o escurecimento das estrelas, mas as distorções dos quasares, causadas pela gravidade dos objetos que se movem frente a eles. Quasares emitem radiações eletromagnéticas e são observáveis ​​por rádio, infravermelho, telescópio, ultravioleta e raio-X. Quando um objeto com suficiente gravidade passa entre um quasar e a Terra, a deformação da gravidade desse objeto causa uma ampliação da radiação do quasar.

O Dr. Yock quer combinar esses novos dados com os levantados anteriormente pela magnitude aparente.

Ele disse:

 

Nossa proposta é medir o número de planetas de massa terrestre que orbitam estrelas a distâncias tipicamente duas vezes a distância Sol-Terra. Nossos planetas, portanto, serão mais frios do que a Terra. Devemos obter uma boa estimativa do número de planetas habitáveis ​​como a Terra na galáxia.

 

A posição extrema do sul da Nova Zelândia fornece uma visão única do céu, enquanto sua população relativamente baixa, abundância de terras rurais e baixos níveis de poluição luminosa a torna um excelente lugar para a observação astral. Ela é um dos únicos três países a ter uma reserva internacional oficial Gold Rated International Sky, sendo considerado um dos melhores países para astronomia na Terra.

 

 

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