Você já não precisa acreditar e nem ter visto para saber do que se trata. Muitos acreditam ter visto um e há quem diga que conversou com seus tripulantes. Alguns dos relatos mais impressionantes são de pessoas que dizem ter sido passageiros desse meio de transporte intergalático que virou tema de música, série, documentário, filme: os discos voadores.
Esses objetos não são apenas matéria-prima para a cultura pop. São também objeto de estudo da ufologia, que comemora nesta quinta-feira o início de sua “era moderna”.
O DIA 24/06
O dia 24 de junho foi escolhido como o Dia Mundial dos Discos Voadores porque nesta data, em 1947, o piloto norte-americano Kenneth Arnold viu diversos objetos voadores estranhos voando próximos a um monte no Estado de Washington.
Dias depois da visão de Arnold, uma suposta nave tripulada por extraterrestres teria caído no Estado americano do Novo México, dando origem a um dos maiores casos da Ufologia do século: o Caso Roswell.
O nome ufologia vem de Ufo, a sigla em inglês para Objeto Voador não Identificado (OVNI). Os ufólogos observam o céu em busca desses objetos misteriosos e analisam fotos e vídeos que documentam supostas naves espaciais de outro planeta. Diante dessas evidências, eles discutem se são provas da existência de vida extraterrestre inteligente ou apenas fenômenos naturais ou ilusões de ótica.
Quem convive diariamente com o tema sabe que encontrar provas concretas da existência de vida inteligente fora da Terra é um desafio ainda não superado para a humanidade. Hernán Mostajo, criador do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência Victor Mostajo, localizado em Itaara, município a cerca de 15 quilômetros de Santa Maria, na região central do Estado do Rio Grande do Sul, diz que ainda não apareceu nenhuma evidência definitiva de que um Ovni tenha sobrevoado a Terra.
De acordo com Mostajo, todos os registros fotográficos enviados para o museu como sendo de supostos Ovnis foram cientificamente descartados. Mostajo explica que diversas coisas podem ser confundidas com naves alienígenas:
Às vezes os aviões produzem uma luz alaranjada quando voam ao nascer ou pôr do sol. É um efeito curioso, que as pessoas confundem muito. Meteoritos ferrosos que têm uma trajetória horizontal também são frequentemente considerados Ovnis.
As vezes pessoas entram em contato conosco frequentemente dizendo que viram uma nave, quando na verdade era a Estação Espacial Internacional ou mesmo um satélite — explica Mostajo.
Ao ser perguntado se acredita ou não em extraterrestres, Mostajo responde que está aguardando provas, mas que as dimensões do Universo levam a crer que é possível haver outros planetas habitados. Ele encerra de forma enigmática:
— A ausência de evidência não é evidência de ausência.
Mesmo que, cientificamente, não seja comprovado que discos voadores, naves espaciais e extraterrestres já tenham passado por aqui, relatos de contatos com seres de outro mundo não faltam. E com o rápido desenvolvimento tecnológico que estamos tendo, e com as recentes descobertas que planetas potencialmente habitáveis é relativamente comum no universo, logo deveremos ter uma resposta mais satisfatória a todos.
Matéria publicada pelo jornal ZeroHora , de Porto Alegre.
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