Embora cada geração acredite ter descoberto para o mundo as virtudes e os riscos do consumo de drogas, esta é uma prática ancestral que pode remontar aos tempos do Antigo Egito. Seu uso, de origem curativa, serviu também para a criação de estados de transe, para a perda de temores e para a desinibição.
Algumas das drogas mais consumidas eram o cânhamo, o ópio e papoula, cujos efeitos sedativos e anestésicos constam no Papiro Ebers, um dos tratados médicos mais antigos do mundo, escrito no Egito, em 1.500 a.C.
Também se usava a mandrágora, cujo efeito alucinógeno e anestésico, de acordo com alguns pesquisadores, provocava a midríase, efeito de sonolência, que pode ser constatado nos olhos dos egípcios retratados nos murais que decoram os antigos templos; e o estramônio, muitas vezes utilizado por magos e exorcistas.
Era frequente o consumo de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, que, segundo descobertas arqueológicas, faziam parte do dia a dia do Egito desde o ano 4.000 a.C. Além de ser usada com fins decorativos e alimentares, a flor de lótus branca também foi utilizada em diversos processos, por suas propriedades afrodisíacas e sedativas do sistema nervoso.