Depois de vários milênios desde sua construção, o complexo de pirâmides de Gizé continua surpreendendo especialistas e o público em geral, confirmando que este é um dos monumentos mais enigmáticos que o homem já conheceu.
O complexo da Grande Pirâmide voltou a ser notícia por conta de uma descoberta digna de Indiana Jonas. Trata-se de um mecanismo de defesa engenhoso na pirâmide de Quéops, a maior das três do complexo de Gizé, no Cairo, Egito. A construção possui um verdadeiro sistema antirroubo que de antigo tem apenas sua data histórica.
O objetivo de tanta segurança era proteger contra saques a câmara mortuária do Rei Khufu – Quéops é o nome grego de Khufu, que é egípcio. O sistema seria simples: uma série de blocos espessos de granito, bloqueando o caminho para a câmara.
A descoberta ocorreu por meio de um estudo com novas tecnologias de escaneamento, em que foi possível perceber que os corredores que levam à câmara real são esculpidos com uma série de ranhuras em ambos os lados, perfeitamente alinhados e de tamanho e profundidade idênticos. A estrutura trouxe a ideia de que seriam sustentáculos, que, na época, funcionaram com uma porta blindada primitiva, formada pelos blocos de granito.
Mas será que era possível evitar os roubos?
Segundo o livro “The Complete Pyramids: Solving the Ancient Mysteries” (Lehner, 1997), a câmara funerária já teria sofrido roubos entre o fim do reinado de Khufu e a queda do Reino Antigo – em torno de 2134 a.C. Atualmente, há na câmara mortuária somente o granito vermelho, mas alguns pesquisadores acreditam que o tesouro real permanece lá muito bem escondido – há a hipótese de que existam câmaras secretas e, em 2011, um interessante trabalho com robôs foi realizado na pirâmide de Quéops para investigar “anomalias térmicas.”