Ovos de um anfíbio inicialmente conhecido como dragão bebê estão provocando grande expectativa na caverna de Postojna, na Eslovênia.
Neste local, que atrai um milhão de turistas todos os anos, vive um animal que ainda desafia a ciência, o Proteus anguinus, mais conhecido como proteus. É uma salamandra cega, que habita lugares sem luz, capaz de viver mais de cem anos.
Seu ciclo de reprodução é uma incógnita, mas acredita-se que se reproduza apenas um ou duas vezes por década. E aí vive a grande expectativa: uma fêmea em um aquário de Postojna colocou entre 50 e 60 ovos. A boa notícia é que três deles estão mostrando sinais de crescimento, mas não se sabe quanto tempo levará para os filhotes nascerem.
O que se sabe é que a “mamãe dragão” começou a colocar os ovos em 30 de janeiro e são necessários pelo menos 120 dias para que se desenvolvam. Biólogos, pesquisadores e mergulhadores fazem o trabalho de monitoramento e proteção dos raros ovos na caverna.
O proteus é um animal ícone da Eslovênia e sua imagem era, inclusive, cunhada em moedas. A primeira menção escrita deste anfíbio consta na obra de Janez Vajkard Valvasor, “A Glória do Ducado de Carniola (1689)” em que ele é chamado de “dragão bebê”. Porém, isso é por conta do folclore da época em torno do animal no qual o próprio autor não acreditava.
A primeira investigação científica sobre o proteus foi realizada pelo médico italiano Giovanni Antonio Scopoli (1723-1788). O bichinho também foi usado por Charles Darwin em sua obra “A Origem das Espécies” como um exemplo de adaptação ao meio.
Fonte: BBC