No próximo dia 4 de agosto, uma missão de reabastecimento está programada para ir até a Estação Espacial Internacional, levando um curioso satélite: o ArduSat, um nanossatélite, com apenas 10 centímetros de largura, que pode ser seu se você pagar!
O satélite, baseado em Arduino, vai se conectar com os servidores da NanoSatisfi, empresa financiada pelo Kickstarter e dará a estudantes nerds e geeks a chance de fazer o que quiserem no espaço.
A campanha no Kickstarter – um site de crowdfunding, financiamento coletivo e colaborativo, onde as pessoas patrocinam juntas a determinado projeto – atingiu, há cerca de um ano atrás, seu objetivo, arrecadando pouco mais de 100 mil dólares para realizar o projeto.
O ArduSat é equipado com câmeras, um sensor de luz ambiente, um magnetômetro e um contador Geiger, de modo que o céu é o limite (mesmo) para os experimentos que podem ser executados no espaço. A NanoSatisfi também fornece aos clientes um painel de controle, assim é possível comandá-lo a partir da Terra. A melhor parte é que o ArduSat está disponível para ser alugado por US$ 250 por semana.
Esse preço é para grupos de quatro pessoas; para alugá-lo sozinho, você gasta US$1.000 por semana. Ou você pode alugá-lo por três dias gastando US$ 475.
“Mas o que eu poderia fazer com um satélite?” Bem, você pode usar as câmeras para fotografar o espaço, é claro. Além disso, a fabricante do ArduStat elaborou uma lista de possibilidades dividida em três categorias: ciência, engenharia e entretenimento.
Entre os destaques: rastrear meteoritos ao sintonizar nas estações de rádio refletidas por suas caudas; escrever algoritmos para fazer a câmera tirar diferentes tipos de fotos, com base em fatores como a radiação gama e exposição ao sol; e até mesmo mapear o campo magnético da Terra.
Mas o fato de existir um satélite para aluguel é mais relevante do que os experimentos no espaço que ele poderá realizar. Ele reflete o futuro iminente da exploração espacial, mesmo que seja apenas explorar a poucos quilômetros acima da superfície da Terra. À medida que mais e mais opções acessíveis surgem no mercado, existe a possibilidade de mais pessoas se envolverem na investigação do espaço – até estudantes curiosos de sua escola ou faculdade.
Enquanto o custo de satélites convencionais gira entre US$ 500 milhões e US$ 2 bilhões, a NanoSatisfi planeja gastar muito menos de US$ 1 milhão na compra e lançamento do ArduSat, e ao longo dos próximos dois anos, a empresa espera atender a mais de 4.000 clientes.
“O que está acontecendo agora com os satélites é similar à revolução que nos trouxe dos mainframes para os PCs,” disse Peter Platzer, CEO da NanoSatisfi ao The Verge. “Em vez de máquinas enormes e caras, cada uma das quais é diferente, temos satélites pequenos, mais baratos e padronizados, que permitem a qualquer pessoa criar melhorias para eles. Nós estamos pegando a lei de Moore e levando-a para o espaço.”
Dá para imaginar um futuro em que todo mundo tem acesso a um satélite, sempre que precisar? Você provavelmente poderia até mesmo controlá-lo com o seu smartphone. O que me faz perguntar: como você, com oito anos de idade, se sentiria ao controlar um satélite no espaço com um computador de bolso enquanto caminha pela rua? Tenho certeza de que acharia que o futuro é incrível.
“à revolução que nos trouxe dos mainframes para os PCs” Corrigindo: “à revolução que nos trouxe dos mainframes para os celulares”, com o devido respeito.
Observação perfeita Elias!