O partido político criado pelo WikiLeaks confirmou hoje a candidatura do fundador do grupo, Julian Assange (na foto com Rick Falkvinge, do Partido Pirata), e anunciou outros dois candidatos para concorrer ao Senado nas eleições legislativas da Austrália, a 14 de setembro.
O grupo manterá a candidatura do fundador do site, que está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho de 2012.
Assange tem pendente um processo de extradição do Reino Unido para a Suécia por crimes sexuais, que a sua defesa acredita que seja um pretexto para a respectiva extradição para os Estados Unidos.
O director de campanha do WikiLeaks, Greg Barns, disse que o partido conta com dois candidatos “altamente qualificados” para o Senado nos estados de Nova Gales do Sul e da Austrália Ocidental, embora tenha evitado revelar os nomes.
O chefe do partido disse que já conseguiu os 500 filiados que precisa para se registar como partido político para a eleição e que fará a inscrição na Comissão Eleitoral antes da data limite, a meados de maio.
Barns mostrou a sua confiança em que o partido possa conseguir as assentos no Senado dos três estados em que terá candidatos, mas acrescentou que “dependerá do governo dar oportunidade para que Assange regresse à Austrália”.
“Na minha opinião, e acho que na de muita gente, seria muito embaraçoso internacionalmente para os eleitores de Victoria se não pudessem ter no Senado a pessoa pela qual votaram”, disse Barns ao grupo mediático Fairfax.
Assange é o líder do site que divulgou milhares de documentos dos Estados Unidos sobre relações diplomáticas com outros países e pormenores das guerras do Afeganistão e do Iraque.
Em fevereiro, Assange disse que, se for eleito senador, ficaria livre das acusações porque Washington evitaria um incidente diplomático com a Austrália.
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que permanece refugiado na embaixada do Equador em Londres, fez uma avaliação otimista de suas possibilidades de ser eleito para o senado da Austrália.
Falando por telefone na pré-estreia “Underground”, um filme australiano sobre seus jovens dias de hacker, citou uma pesquisa que dá a ele 27% das intenções de voto nas eleições de 14 de setembro.
“As principais bolsas de aposta colocam minhas chances mais alto que as do governo australiano”, afirmou Assange aos espectadores na abertura do Filmfest DC em Washington.
com informações do Voz da Rússia e Carta Capital