“Cypherpunks – liberdade e o futuro da Internet” é o primeiro livro de Julian Assange, o criador do WikiLeaks, a ser publicado no Brasil. A edição brasileira será lançada nesta semana pela Boitempo Editorial e tem a colaboração do filósofo esloveno Slavoj Žižek e da jornalista Natalia Viana, parceira do WikiLeaks no Brasil e coordenadora da agência Pública de jornalismo investigativo.
A obra é resultado de reflexões de Assange e de um grupo de ativistas (Jacob Appelbaum, Andy Müller–Maguhn e Jérémie Zimmermann). A questão fundamental que o livro traz é: a comunicação eletrônica vai nos emancipar ou nos escravizar?
Assange prevê uma futura onda de repressão na Internet, a ponto de considerá-la uma possível ameaça à civilização humana, apesar de todos os avanços permitidos por ela. O livro aborda, por exemplo, a ideia de que o Facebook e o Google seriam, juntos, “a maior máquina de vigilância que já existiu”, capaz de rastrear continuamente nossa localização, nossos contatos e nossa vida.
Junto aos três debatedores, em “Cypherpunks” Assange reflete sobre sobre vigilância em massa, censura e liberdade, assim como sobre o movimento cypherpunk, que usa a criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos contra a apropriação da Internet pelos governos e empresas.
O livro tem tradução de Cristina Yamagami e chegará às livrarias por um preço sugerido de R$ 29,00.