O evento de tecnologia Campus Party terá uma edição no Rio, com investimento de Eike Batista e de outros grandes empresários.
“Já temos apoio das três esferas governamentais [prefeitura, governo do Estado e governo federal] e, em março, faremos a primeira reunião de trabalho”, afirmou à Folha Mario Teza, diretor-geral da Futura Networks, empresa organizadora da Campus Party, cuja sexta edição terminou ontem no Anhembi.
Segundo Teza, o foco da primeira edição carioca, que ainda não tem data definida, será economia criativa, com temas como turismo, cinema, televisão, games, entretenimento e Carnaval.
Também estão avançadas as negociações para levar a Campus Party a Porto Alegre e a Fortaleza, afirma Teza.
“Neste ano nós avaliamos que não temos condições de fazer mais do que duas Campus. Mas não nos negamos a fazer três, desde que haja
condição.” Além de São Paulo, a única cidade brasileira a receber uma edição da Campus Party, surgida na Espanha, foi Recife, em 2012.
A organização confirmou a segunda edição na capital pernambucana para julho deste ano e pretende torná-la permanente.
EMPREENDEDORISMO
Com foco reforçado no empreendedorismo, a Campus Party deste ano em São Paulo teve palestras de nomes como Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, e Nolan Bushnell, fundador da Atari, além de atividades como debates e oficinas.
Eike Batista estava confirmado como palestrante na última sexta, mas cancelou sua participação no evento.
Segundo a organização, 7.631 pessoas pagaram ingresso, de R$ 150 ou R$ 300, para participar da Campus Party, contra 7.500 no ano passado.
Os números de pessoas acampadas (5.500 entre os visitantes que pagaram) e de visitantes da área aberta ao público (160 mil) foram os mesmos do ano passado.
Teza afirmou que, em 2014, a organização não permitirá que patrocinadores tragam para o evento modelos com “roupas insinuantes”, como aconteceu neste ano.
“É um fenômeno novo para nós, talvez por causa do crescimento do evento e porque algumas das marcas não conhecem bem nossa dinâmica. Não pode ter modelo de microshort, é um absurdo. Somos um evento que procura trazer desde a escola até a quinta idade.”
Desde a primeira edição brasileira, em 2008, a Campus Party proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas durante o evento.
INCIDENTES DESTE ANO
A Folha apurou um caso de furto de laptop, que Teza desconhecia. “A segurança foi extremamente rígida neste ano. Tivemos praticamente zero problema.”
Outro imprevisto foi a presença de ratos próximos a uma das lanchonetes, flagrados em vídeo por um dos participantes. “É um problema da localização do Anhembi, próximo ao rio Tietê. Houve três dedetizações, mas o tempo contribuiu para a proliferação dos ratos.”
Para Teza, foi um incidente “pequeno”. “Mas estamos estudando novos métodos tradicionais e alternativos de combate para 2014.”
Será que o Eike comparecerá no evento patrocinado por ele mesmo, pelo menos? Foi um descaso imenso ter avisado de ultima hora que não poderia comparecer. Nem ao menos deu uma justificativa decente… Ainda mandou uma carta “mostrando” como ele é fodão e importante para o Brasil… aham! Ainda estou para ver o que ele tem a fazer por nós… Como a gigante EBX vai ajudar o país? Ou apenas sugará nosso óleo e redistribuirá lucros mundo a fora? E os investimentos em educação? Serão feitos?