E a #CPBR6 chegou ao fim

Terminou na madrugada de sábado pra domingo a sexta edição da Campus Party em SP. Foi a quarta vez que estive participando em SP (2 no centro de convenções Imigrantes e 2 no Anhembi), além de ter participado da edição de Recife.

Esta edição foi, na minha avaliação, a mais desanimada. Isso, claro, pra quem já havia participado de outras edições. Essa constatação foi unânime. Quem foi pela primeira vez estava super-empolgado.

A agenda estava boa. Melhor que ano passado. Debates com a Rainey, da EFF – Electronic Frontier Foundation, com a Mozilla, sobre a neutralidade da rede, sobre o Marco Civil, segurança na internet, além de vários debates realizados no Barcamp pelo Partido Pirata do Brasil.

Mas áreas que tradicionalmente agitam a Campus, como a área de software livre, estavam com um presença muito menor que em anos anteriores. Até mesmo a agitação dos campuseiros na madrugada foi muito, muito menor.

O que levou à isso? Será já um reflexo da aquisição da Futura, realizadora da Campus, pela Telefônica/Vivo?

Qual será o futuro da Campus Party? Seguirá sendo um evento que pauta o debate da liberdade na internet ou se transformará em apenas mais um grande show da Telefônica, atendendo apenas a seus interesses? Ouvi boatos, durante a Campus, que isso poderia ocorrer, com a dupla do Jovem Nerd assumindo a direção deste espetáculo. Será?

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Posted by Wladimir

Nerd desde sempre. Começou a programar em Basic, em um CP 400 Color II lá por 1985. Fã de Star Wars, Star Trek e outras séries espaciais. Pai de 4 filhos - um era pra se chamar Linus, mas o nome encontrou muita resistência :( Aliás, software livre é outra paixão. Usuário Linux desde 1999. Presidente da Associação Software Livre Santa Catarina. Defensor do livre compartilhamento. É o compartilhamento que tem feito a humanidade avançar. As ideias são uma construção coletiva da humanidade :) Foi fundador do Partido Pirata do Brasil e membro de sua 1ª Executiva Nacional (2012-2014). Foi também assessor do gabinete do Ministro da Ciência e Tecnologia durante 2016, até a efetivação do golpe que destituiu Dilma Rousseff. Ah, também é editor aqui dessa bagaça, onde, aliás, você também pode colaborar. Só entrar em contato (42@nerdices.com.br) e enviar suas dicas, artigos, notícias etc. Afinal, a Força somos nós!

Website: http://www.nerdices.com.br

This article has 5 Comments

  1. “O que levou à isso? Será já um reflexo da aquisição da Futura, realizadora da Campus, pela Telefônica/Vivo?”

    Sério mesmo que não sabe? Nem imagina?
    Não acompanhaste os protestos contra o abuso dos valores? as várias caravanas canceladas? E tantas outras centenas que não eram caravaneiros, mas sim estudantes e jovens em busca de oportunidades e conhecimento que simplesmente se sentiram traidos por uma organização tão fraca e mercenária?

    1. Acompanhei sim Bruna, fui coordenador de caravana e tive muitas dificuldades pra conseguir ir.

      Certamente isso contou pro esvaziamento da Campus Party.

      Mas talvez isso já tenha sido reflexo desta aquisição, que deveria já estar em andamento desde o ano passado. As informações não-oficiais dão conta de que a transação foi feita em janeiro.

      1. Entendi. É uma pena, pois descaracterizou por demais a essência do evento, que pra mim estava justamente na interação de seus frequentadores. Não sou da área, mas sou uma geek assumida, fui no ano passado e me senti entre iguais e isso foi incrível, era a mágica da cp. Com certeza aprendi bastante e sinto que no momento não há perspectivas de haver outro ambiente igual.

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