Centenas de bactérias e outros organismos, quase a metade com um DNA desconhecido, podem ser encontrados dentro do sistema de metrô de Nova York, segundo um estudo publicado esta semana, que também detectou plantas de perigosas doenças como o carbúnculo e inclusive o da peste bubônica.
Apesar disso, os viajantes não devem temer por sua saúde, informou neste sábado (7) o The New York Times, após consultar especialistas e as autoridades da cidade.
O estudo, elaborado por pesquisadores do Weill Cornell Medical College, tinha como objetivo criar um tipo de mapa do DNA encontrado no metrô da ‘Big Apple’, que transporta a cada dia de trabalho cerca de 5,5 milhões de pessoas.
Para isso, durante 17 meses foram recolhidas amostras em bancos, corrimãos, assentos, portas e outros elementos da rede de metrô, onde foram achadas milhares de tipos diferentes de micro-organismos, a metade dos quais são considerados desconhecidos.
Entre eles, apareceram centenas de bactérias, a maioria inofensivas para o ser humano, embora também algumas que podem causar problemas digestivos, infecções por estafilococo e meningite.
Também foram encontradas algumas plantas do que poderia ser a peste bubônica e de bacilos do carbúnculo, embora os autores do estudo tenham deixado claro que, dada a ausência de casos na cidade, esses patógenos representam provavelmente um micróbio habitual em ambientes urbanos.
No caso da “peste negra”, a cidade não viveu uma infecção em mais de um século, embora em 2002 duas pessoas doentes procedentes do estado do Novo México tenham visitado Nova York.
“Ninguém deveria se preocupar”, disse a The New York Times o responsável pela investigação, Christopher E. Mason, que explicou que as mostras também poderiam pertencer a outra bactéria muito similar e que anunciou que sua equipe vai tentar ver se o suposto DNA da peste está nos ratos que povoam os túneis do metrô.
“Como o estudo indica claramente, os micróbios foram encontrados em níveis que não trazem nenhum perigo”, disse à imprensa local o porta-voz da companhia municipal de transportes, Kevin Ortiz.
Entre outras curiosidades reveladas pelo estudo, se destaca como os organismos achados em uma estação de metrô alagada durante o furacão Sandy são similares aos de um “ecossistema marinho” ou como o DNA humano recolhido coincide em grandes traços com as origens raciais que aparecem no censo do país.
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fonte: Info