Máscaras anti-vigilância lhe permitem passar por outra pessoa

Antes de pensar em criminosos… pense nas pessoas que apenas se incomodam com o, possivelmente, excessivo uso de câmeras de vigilância.

O inimigo, em Orwell, é o Estado. Os nossos inimigos são as corporações… e o Estado, controlado por pessoas que se elegem com dinheiro “dado” pelas corporações. A vida não tá fácil pra quem deseja ter apenas a sua privacidade, o seu anonimato.

Se os softwares capazes de identificar instantaneamente as pessoas, a partir de uma imagem no vídeo, ainda que em movimento, estão se tornando uma realidade, a “tecnologia de substituição de identidades”, na forma de uma “prótese de identidade facial”, pode virar o jogo e causar alguma confusão.

A empresa que fábrica as próteses, a URME Surveillances, diz se “dedicar a proteger o público contra a vigilância e criar um espaço para explorar nossas identidades digitais”.

Sediada em Chicago, a empresa afirma que a cidade já conta com mais de 25 mil câmeras de vigilãncia nas ruas, conectadas a uma única central de reconhecimento facial. “Não acreditamos que você tenha que ser vigiado, apenas por ter saído pra andar na rua e também não acreditamos que você deva se esconder tampouco”. No lugar disto, a empresa sugere que o cliente use um de seus produtos, como forma de apresentar uma identidade alternativa, quando estiver em público.

Produtos para o interesse público

Os produtos vendidos pela empresa são feitos por artistas e voltados contra o vigilantismo (do Estado ou das corporações).
São vendidos a preço de custo — o que significa que não há lucro oriundo de sua venda.
O rendimento obtido pela empresa é usada para sustentar sua capacidade de fornecer serviços.
Os produtos são confeccionados em resina, por equipamentos de impressão 3D, pela empresa http://www.thatsmyface.com e podem fazer você passar por outra pessoa.
Leo Salvaggio, da URME, vende as máscaras com o seu próprio rosto. Segundo ele, foram testadas em equipamentos de reconhecimento facial de ponta.
Ao ser perguntado se não temeria que alguém usasse o seu produto para cometer crimes, respondeu que esta é uma possibilidade que lhe passou pela cabeça mas, ainda assim, considera válido correr o risco.
“Eu gostaria de crer que as pessoas fossem usar nossos produtos com responsabilidade e eu gostaria de deixar claro que não concordo com quaisquer atividades criminosas (…) isto posto, cheguei à conclusão de que vale o risco [de ser associado a um crime que não cometeu] se servir para criar o debate sobre as práticas de vigilância e como estas nos afetam a todos”.

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comentários

Posted by Elias Praciano

Eu já fui hacker de LEGO, até a hora em que descobri os computadores.

Website: http://elias.praciano.com

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