Você, que certamente assistiu vários e vários episódios de Pokémon, sabe dizer quem é este? Vai uma dica: ele existe também fora das telas da tv.
Bom, como você não deve ter acertado, vou te contar. Trata-se do Ambystoma mexicanum, conhecido popularmente como axolote ou axolotle (do náuatle axolotl). É uma espécie de salamandra que não se desenvolve na fase de larva. É um exemplo de animal neoténico, pois conserva durante toda a vida brânquias externas, uma característica do estado larval.
Os axolotes são muito usados em laboratório devido à sua capacidade de regeneração – o animal pode se regenerar tanto que no caso de perder um membro ou sua cauda, consegue criar um completamente novo!
Um axolote adulto pode medir de 15 a 45 cm, embora o comprimento mais comum seja 23 cm e seja raro encontrar um espécime com mais de 30 cm. Os axolotes possuem características típicas do estado larval das salamandras, incluindo brânquias externas e barbatanas caudais desde o final da cabeça prolongando se por toda a extensão da cauda.
Isso ocorre porque esses anfíbios apresentam tireoide rudimentar e não há liberação de hormônios tireoideanos, essenciais na metamorfose de anfíbios.
Quando um axolote recebe hormônio tireoideano, transforma-se em animal adulto com caracteristícas terrestres: pulmão e patas e perda da cauda por reabsorção, tornando-se muito similar à salamandra-tigre Ambystoma velasci (em alguns raros casos, essa metamorfose ocorre naturalmente).
As cabeças são amplas e possuem olhos sem pálpebras. Os machos são identificáveis apenas na época de reprodução pela presença de cloacas muito mais pronunciadas e de aspecto redondo.
Ao contrário do que ocorre com seus parentes próximos, como sapos e rãs, que passam a viver na terra quando deixam as formas larvais, os axolotes permanecem na água por toda a vida.
O seu único habitat natural consiste dos lagos próximos da Cidade do México, em especial o lago Xochimilco e o lago Chignahuapan, este último no estado de Puebla.
Atualmente, no lago Chignahuapan, são raramente encontrados. Isto se deve à predação dos seus ovos por espécies não autóctones introduzidas pelo homem. Além disso, a capacidade de regeneração do axolote também traz alguns problemas, uma vez que em certas zonas do México é apreciado em caldos e pela medicina naturista (como vitamínico).