A criação do serviço de encomendas no início do século 20 nos EUA teve uma consequência surpreendente: pais enviaram filhos pelo correio. Enviar bebês e crianças pelo correio como uma encomenda aos avós ou outros parentes era muito mais barato para os país do que pagar uma viagem de trem. Não tardou muito e algumas histórias começaram a pipocar nos jornais da época, com crianças com endereços do remetente e destinatário costurados na roupa.
Bebê de 8 meses
Este foi o caso de um casal de Ohio, chamado Jesse e Mathilda Beagle, que enviou o filho de 8 meses de idade para a avó, que vivia a apenas alguns quilômetros de distância, em Batavia. A entrega do bebê custou apenas 15 centavos em selos aos seus pais, que também fizeram um seguro de US$ 50 pela encomenda. A história ganhou os jornais e não seria a única.
Um caso famoso ocorreu em 19 de fevereiro de 1914, quando uma menina de quatro anos, Charlotte Maio Pierstorff, foi enviada de trem de sua casa em Grangeville, Idaho, aos avós, a cerca de 120 quilômetros. Sua história ficou tão lendária que foi transformada no conto infantil “Mailing May”.
Finalmente, em 14 de junho de 1913, vários jornais, incluindo o Washington Post, o New York Times e o Los Angeles Times publicaram em suas páginas que crianças não poderiam mais ser enviadas pelo correio.
Fonte: The Smithsonian Mag