Um único espermatozóide carrega o equivalente a 37.5MB de dados sobre o DNA de seu dono.
Numa ejaculação, 15875 GB (15,8TB) são transferidos em apenas 3 segundos. Ou, 4.000 computadores como este em que escrevo.
Ou seja, numa relação sexual, um homem pode transferir, sei lá, uma Wikipedia de dados para uma mulher!
Os números são baseados em médias e referem-se a dados e não a informação, já que existe repetição na combinação de AT, TA, CG e GC. Mas o que importa é essa incrível capacidade de armazenamento e velocidade de transferência “analógica”, sem falar que esses dados constituem o ser mais evoluído (pelo menos do ponto de vista do conjunto biológico) do planeta.
Outro ponto notável é a maneira como a natureza lida com a compressão dos dados.
A vida dos cientistas fica bem complicada na altura de carregar, descarregar e mesmo partilhar genomas (conjunto de todas as informações genéticas de um organismo), porque os arquivos tornam-se enormes.
Tanto é que “compressão” foi declarada como parte fundamental da engenharia genética, com direito a especialistas, porque simplesmente sem essa parte toda a operação fica inviável. o código dos 4 possíveis pares desenvolvido pela natureza é, mais uma vez, muito superior. Mas estamos avançando: desde 2008 já é possível enviar um genoma humano por email, com um anexo de pouco mais de 4MB.
Fontes: Update or Die, “Human Genome Assembly Information” from the “Genome Reference Consortium”, Oxford Journals