Retron5 e Supaboy: consoles que rodam jogos retrôs fazem sucesso na BGS

A Hyperkin, desenvolvedora dos óculos virtuais Oculus Rift, está chegando ao Brasil e causou grande alvoroço na Brasil Game Show. Além do enorme congestionamento humano formado em torno do gadget de realidade virtual, cuja campanha de vendas brasileira terá participação ativa da filial nacional HyperMega, eles oferecerão desde o primeiro dia de vendas no país os consoles Retron5 e Supaboy, que prometem dar novo uso a antigos cartuchos e controles.

O estande da empresa na Brasil Game Show, logo na entrada, chamou a atenção pelo agrupamento de fãs em torno de televisões com jogos como Street Fighter II e Zombies Ate My Neighbours. Para o evento, a Hyperkin escolheu atrair o público expondo Super Nintendos, Game Boys e Mega Drives. Funcionou.
Porém, até pouco tempo o Brasil não estava nos planos da empresa. “A gente não tinha ideia que o público brasileiro tinha um interesse tão intenso por consoles para cartuchos antigos, foi uma grande surpresa. Depois da E3, a gente foi pesquisar o assunto e descobriu que o Brasil já dava o segundo maior tráfego para o site da nossa empresa e a gente nem existia por aqui. Aí ficou óbvio que a gente tinha que vir para cá”, contou ao Tech Tudo o gerente de negócios da HyperKin, Wagner Fulco.
Para a chegada da empresa no Brasil, eles pretendem estrear com os lançamento dos videogames Retron5, uma plataforma que reúne múltiplos consoles das antigas gerações, e o Supaboy, reconstrução do Super Nintendo em formato portátil. Além disso, toda a linha de acessórios da empresa será gradualmente integrada ao catálogo disponível por aqui.

A estratégia de chegada da HyperKin inclui ainda a adaptação de certos produtos para o mercado nacional. “Na verdade, o Brasil chegou até a mudar os planos da Hyperkin no panorama global, porque a gente acabou refazendo o Retron5 para agradar os brasileiros. No começo, a gente ia incluir NES, SNES, Genesis e os Game Boys apenas, mas aí ouvimos que os brasileiros tinham um enorme fascínio por aquele console antigo da Sega, o Mega Drive. Isso nos fez voltar ao design do Retron5 e incluir uma porta nova, só para ele”, explica Fulco.

O Retron5 tem esse nome por dois motivos: primeiro e óbvio, porque ele se propõe a ser um console que roda jogos antigos, em cartucho, e segundo porque ele é o quinto aparelho na linhagem da família. Ao contrário do que é dito em boa parte da Internet, porém, ele não abarca apenas 5 plataformas, mas 7: o Famicom (NES), o Super Famicom (SNES), o Genesis (Mega Drive), o Master System, o Game Boy, o Game Boy Color e Game Boy Advance. Tudo num mesmo corpo, conectado pela mesma saída HDMI e administrado por um mesmo firmware.
A preocupação em manter o sentimento nostálgico sem abrir mão dos recursos do presente permeia o design do aparelho, a começar pela escolha por um quádruplo sistema de controles. De fábrica, o Retron5 virá com um feioso controle sem fio por bluetooth completamente remapeável, compatível com todos os consoles abarcados. Este controle possuirá, além do direcional em cruz e três botões de interface, seis botões frontais e mais dois de ombro, mais que suficiente para qualquer console da década de 90. Quem não estiver a fim de usar esse pequeno monstro, no entanto, poderá optar pelos controles do SNES, NES ou Mega Drive. Todos eles serão compatíveis com todos os jogos.

Na parte de software, o Retron5 se comporta da mesma forma. Para os moderninhos, a HyperKin trabalhou na incorporação de comandos do GameGenie que, além de ficar na memória interna do aparelho (expansível com um cartão SD), ainda trabalha com reconhecimento de cartucho, para que o jogador possa ter acesso aos cheats (se quiser) desde o primeiro instante de jogo. Na mesma linha, será possível salvar e abrir os jogos a qualquer momento e tirar screenshots. A estética dos jogos também será beneficiada, pois o Retron5 oferece uma série de filtros para imagem e som que fazem verdadeiros milagres em televisões de alta definição. Isso poderá até mesmo passar por melhorias ao longo do tempo, pois o firmware do console pode se conectar à Internet para atualizar e expadir o banco de dados do GameGenie.
Para quem busca uma experiência de pura nostalgia, o aparelho oferece a opção de jogar com todos estes filtros desligados. “A gente não pensava muito nesse parte, do jogo sem tratamento, mas tivemos que pôr. Se a gente não colocasse, íamos acabar apanhando aqui!”, brincou Fulco, apontando para a longa fila de jogadores adultos que povoava o estande da BGS. “Esses caras muitas vezes vêm aqui só para agradecer por fazermos o Retron5, é bizarro”, concluiu.
O Retron5 será lançado nos EUA no dia 10 de dezembro e chega no Brasil antes do Natal. Por aqui, ele custará entre R$499 e R$599 e poderá ser encontrados em lojas de brinquedos, supermercados e no próprio site da HyperKin – ou, no Brasil, “HyperMega”.

Supaboy – o Super NES para viagens

O cuidado com a aparência do Supaboy, lembrando um controle de Super NES, é um prenúncio do cuidado que a empresa ao reconstruir esse bastião dos jogos 2D. A bateria de lítio recarregável com duração de 5 horas e a tela de LCD com 3,5 polegadas, em combinação com uma interface que muito se assemelha a do controle do SNES, oferece um conjunto confortável, ainda que o direcional sofra de uma certa dureza.

Por usar os grande cartuchos de SNES, o Supaboy oferece uma trava traseira para que algum eventual manuseio não trave os jogos. A função portátil é também ressaltada pela inclusão de uma saída de som para fones de ouvido, embora as caixas de som estéreo acopladas no corpo sejam suficientes para qualquer cômodo tranquio. Ele também vem preparado para atuar como um console de mesa: seu corpo possui duas portas para controles padrões de SNES e uma saída AV. A alimentação é feita por uma fonte externa bivolt.
O aparelho é muito leve, mas não possui ergonomia inteligente. Sem travas de região nem nenhum tipo de memória interna, é o gadget que mais se aproxima da experiência pura de um Super Nintendo hoje. No Brasil, será vendido por R$449,90 em lojas físicas ou pela Internet, no site da empresa, e a HyperKin garante que oferecerá assistência técnica em território nacional.
A inauguração da distribuição da Hyperkin começará pelo Rio de Janeiro no dia 30 de outubro, quarta-feira, e atingirá todo o país até o primeiro trimestre de 2014. Por aqui, a empresa operará sob o nome “HyperMega”, e vai vender seus produtos por meio de lojas de brinquedo, supermercados e o website da empresa. Para o futuro, o grupo promete abalar as estruturas dos gamers brasileiros com participação ativa no lançamento mundial o Oculus Rift, visor de realidade aumentada que vem causando agitação por onde passa. A menos que os criadores do aparelho decidam comercializá-lo por conta própria, quem vai vendê-lo por aqui será a HyperMega, que pretende levar os jogos antigos para dentro do Rift. Dá para imaginar?

fonte: Tech Tudo

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Posted by Wladimir

Nerd desde sempre. Começou a programar em Basic, em um CP 400 Color II lá por 1985. Fã de Star Wars, Star Trek e outras séries espaciais. Pai de 4 filhos - um era pra se chamar Linus, mas o nome encontrou muita resistência :( Aliás, software livre é outra paixão. Usuário Linux desde 1999. Presidente da Associação Software Livre Santa Catarina. Defensor do livre compartilhamento. É o compartilhamento que tem feito a humanidade avançar. As ideias são uma construção coletiva da humanidade :) Foi fundador do Partido Pirata do Brasil e membro de sua 1ª Executiva Nacional (2012-2014). Foi também assessor do gabinete do Ministro da Ciência e Tecnologia durante 2016, até a efetivação do golpe que destituiu Dilma Rousseff. Ah, também é editor aqui dessa bagaça, onde, aliás, você também pode colaborar. Só entrar em contato (42@nerdices.com.br) e enviar suas dicas, artigos, notícias etc. Afinal, a Força somos nós!

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