Não é novidade para ninguém que o windows está presente em 90% dos computadores pessoais no mundo e o Linux, mesmo com todos os seus sabores, ainda persegue os 2% de participação nos PCs, já o Mac OS detém 5% da fatia de sistemas operacionais. No universo corporativo esses números mudam um pouco, mas o windows ainda prevalece. Agora, com 70% contra 15% do Mac OS e 5% do Linux.
Como usuário de Linux desde 2000, quando conheci a distribuição brasileira Conectiva Linux 8, usei o Kurumin Linux (outra distro nacinal) e o OpenSuse antes de conhecer o Ubuntu em 2004, o qual, uso desde então. Entretanto, posso afirmar que o Linux evoluiu muito, mas muito mesmo. Tanto no reconhecimento de hardware quanto na facilidade de uso (os quais eram seus principais pontos-fracos). Contudo, só adotei em definitivo o Linux no ano de 2006 e esta demora na transição deveu-se à ausência de alguns programas específicos, ao conceito da organização dos diretórios e à interface gráfica. Hoje, a realidade é completamente diferente.
A intenção deste post é facilitar a migração de usuários windows ao mundo do Software Livre, principalmente em ambientes corporativos.
Entretanto, não posso negar que num processo de migração pode haver aspectos negativos, mas certamente os aspectos positivos superam os primeiros e, portanto, vejo somente como benéfica a mudança de estações Windows para Linux devido a vários fatores, dentre os quais posso citar:
a) Economia de dinheiro com licenças tanto do sistema operacional quanto dos aplicativos utilizados, bem como do antivírus;
b) Para cada software existente no Windows existe um equivalente no Linux;
c) Possibilidade de rodar programas específicos do Windows usando suas bibliotecas e DLL através do Wine, PlayonLinux e CrossOver. Mas devo advertir que, apesar desta implementação, alguns softwares podem não rodar satisfatoriamente. Sendo, portanto, necessário experimentar;
d) Segurança: Imunidade a vírus;
e) Estabilidade: Não há travamentos no sistema;
f) Velocidade no processamento dos dados, pois o sistema não precisa gerenciar os recursos do computador com antivírus;
g) Economia de espaço no disco rígido: Todos os programas nativos do Linux são muito menores que os equivalentes no Windows;
h) Robustez: As atualizações são quase diárias. Assim que um problema ou vulnerabilidade é identificado, logo vem as correções. Ao contrário do Windows que se espera semanas e até meses para a solução de situações semelhantes;
i) Economia com hardware: Computadores mais antigos ganham sobrevida útil com o LInux. Não é necessário Atualizar o hardware por conta de uma versão mais atual do sistema operacional;
j) Economia de tempo no gerenciamento das máquinas: Não é necessário atualizar/passar antivírus; não é necessário desfragmentar o HD, pois a estrutura de armazenamento difere da do Windows.
Poderia terminar o artigo citando as demais vantagens que o Linux oferece, mas identifico e considero essas as principais e as mais convincentes à uma mudança de paradigma.
Como toda mudança pode causar receio e estranheza em função do desconhecido, é inevitável a comparação e, por conseguinte, a rejeição. No entanto, tudo isso é resolvido com o passar do tempo, pois o ser humano é “programado” para se adaptar à quaisquer circunstâncias. Uma prova disso é o Windows 8. No começo todos reprovaram a mudança no conceito visual e hoje quase não se ouve reclamação e muitos até já elogiam esta versão deste sistema operacional. Embora, a microsoft tenha retornado o botão do menu iniciar na recém lançada versão 8.1.
Bom, mas se você está acostumado com a interface do Windows e gostaria de usar o Linux, não existe solução melhor do que o ZORIN OS. Um Linux muito semelhante ao Windows 7.
Zorin OS é baseado no Ubuntu, a mais popular e fácil distribuição Linux. Portanto, é possível ter um sistema operacional simples, funcional, confiável e bonito o que permite a melhor experiência possível no mundo Linux. Isto o torna o sistema mais recomendado para usuários que estão em processo de migração.
O sistema, por ser um derivado do Ubuntu, recebe todas as atualizações, utiliza a central de programas (umas espécie de App Store do Ubuntu) e, o melhor de tudo: já vem com todos os codecs e softwares existentes para tornar a experiência a mais agradável e parecida possível com a do windows 7.
Por estes motivos, a imagem ISO do Zorin possui cerca 1,6 GB de tamanho.
Para baixar o Zorin OS, clique aqui.
Embora possua semelhanças incontestáveis ao windows 7, o Zorin OS 7 tem a sua identidade e personalidade próprias, apartando-o de uma rejeição e críticas negativas daqueles usuários Linux mais fundamentalistas e puristas.
Agora, se você quer tornar a adaptação ainda mais tranquila, e, como todo linux que se preze é altamente personalizável, ainda é possível usar um tema do windows 7 e deixar a aparência do Zorin OS assim (ou melhor que isso):
Se você pretender realizar esta modificação no tema do Zorin OS, recomendo seguir os passos apresentados nos vídeos abaixo.
PARTE 1 – Configurar idioma e aspecto:
PARTE 2 – Configurar ícones e janelas:
PARTE 3 – Configurar barra de tarefas e área de trabalho:
Bem, você deve estar se perguntando: por quê aplicar a aparência do Windows ao Linux? A resposta é simples. Você tem todas as qualidades acima citadas aliadas ao costume à forma de o windows ser operado, proporcionando, desta forma, na diminuição da curva de aprendizado do usuário com a sua respectiva estação de trabalho.
A partir disto, a resistência será quebrada, os preconceitos serão evaporados, a confiança será conquistada, a empatia será estabelecida e o medo ao novo desaparecerá quase que imediatamente. Tudo isso porque a usabilidade será a mesma e não deverá haver perda de produtividade.
Finalizo, ressaltando que este post serve tanto para usuários corporativos quanto para usuários SOHO (Small Office, Home Office) e penso que vale à pena investir numa migração para o Zorin OS e que a mudança da interface gráfica é ponto positivo neste processo.
Certamente o Linux será visto com outros (e bons) olhos.
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