O nome dela é rosa-de-Jericó, ou cientificamente conhecida como Selaginella lepidophylla. Esta planta faz parte de um grupo de vegetais (lipocódios) que pouco evoluiu ao longo de milhões de anos. Existem evidências de sua existência, quase inalterada de cerca de 400 milhões anos. Mas a rosa-de-Jericó possui características incríveis, com um impressionante traço evolutivo: a capacidade de sobreviver em ambientes altamente desérticos, usando de estratégias inacreditáveis.
A rosa-de-Jericó, também conhecida como flor da ressurreição, é uma planta do deserto que cresce no Oriente Médio e na América Central. Enquanto o ambiente apresenta um mínimo de condições, estas plantas vivem nos desertos, reproduzindo-se como qualquer outra planta, crescendo de forma exuberante e muito rapidamente. Mas nos períodos em que o ar e a terra tornam-se secos e a umidade chega perto de zero, a flor da ressurreição se encolhe toda formando uma bola e guardando um mínimo de umidade no seu interior. Suas raízes se soltam do ”corpo” e desta forma podem sobreviver por longos períodos sem uma gota d’água se quer. Como não está enraizada e suas folhas estão secas e enroladas elas são transportadas pelo vento por quilômetros e quilômetros pelo deserto até que encontre um ambiente úmido para que possa se instalar e continuar a crescer e reproduzir.
Em contato com a umidade, a bola abre suas folhas secas e rapidamente “retorna à vida”. Ali podem ficar, e crescer, ou então se muda várias vezes, se necessário for. Parece que a rosa-de-Jericó “sente” o que deve fazer durante este processo, pois elas não se mantêm necessariamente no primeiro lugar onde param, elas investigam o local para verificando onde é mais adequado ao crescimento.
E assim como já era de se esperar, o ser humano já encontrou uma forma de explorar as características dessa planta. Algumas pessoas vagam pelo deserto em busca das bolas para vender. É possível comprar a “bola seca e morta”, levá-la para casa e vê-la florescer em questão de horas somente pelo simples contato com a água.
fonte: Bella