Esta notícia não é tão recente, já tem uns 10 dias, mas só hoje li com atenção. A Ministra da Cultura Marta Suplicy disse durante discurso em São Paulo que não considera “games como cultura” e incluí-los no novo vale-cultura seria “forçar demais”.
O vale-cultura é um novo benefício do Governo para trabalhadores que concede 50 reais em forma de um vale que pode ser utilizado em diversas atividades culturais. Entre as atividades contempladas, estão a compra de ingressos para shows, cinemas, teatros e museus, além da aquisição de revistas. Ao ser questionada se os games também poderiam entrar no pacote, a Ministra respondeu: “Nem pensar.”
Repercussão – A Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games (Acigames) publicou uma carta aberta de repúdio à posição da Ministra, na qual citou notícia do INFO Games sobre a aprovação do jogo Toren na Lei Rouanet e matérias publicadas em outros grandes veículos brasileiros, como UOL, Estado e Globo. A carta também cita sites internacionais que falam sobre exposições de arte interativa e games, como a que ocorre atualmente no Museu de Arte Moderna de Nova York, e também sobre os benefícios que os games podem oferecer para a educação.
O presidente da Acigames, Moacyr Alves Júnior, diz na carta: “Infelizmente, essa notícia pode se espalhar no mundo inteiro, que hoje enxerga games como uma das mais fortes fontes de renda na economia criativa e de cultura, ultrapassando a indústria do cinema já há dois anos. Se games não são considerados cultura por nossa própria ministra, essa é uma afirmação de grave preconceito e um desrespeito a todos os trabalhos acadêmicos e científicos na área. Games são a nova expressão digital do mundo e nos países desenvolvidos – isso é deixado bem claro.”
Fonte: Info