E mais uma agência nacional de autorregulação surge. Sem discussões, sem debates, sem alardes, foi anunciada ontem a criação da ANARNET – Agência Nacional de Autorregulação da Internet.
Pra que serve? Como vai funcionar? Que poderes vai ter? Não sabemos. Mas não cheira bem.
Aprovar o Marco Civil, os congressistas brasileiros não aprovam. O governo federal segue fazendo tudo que as empresas de telecomunicações querem, através de seu garoto maroto, o ministro Paulo Bernardo.
Embora tenha sido fundada em julho de 2011, até o momento a Anarnet funciona de forma sigilosa e não há data para que ela passe a operar de maneira completa. “Nós já temos esta resposta, mas vai ficar para o lançamento”, afirmou Coriolano Almeida Camargo, diretor-presidente da entidade. Ao que tudo indica, o novo órgão vai funcionar de forma semelhante ao Conar, responsável pela regulamentação das propagandas exibidas em território brasileiro.
Só o fato de funcionar em sigilo já não cheira bem. É preciso ficar atento, pois as tentativas de controlar, censurar, “domar” a internet não páram de surgir, a cada dia com novos nomes, mas com os mesmos objetivos.