Animais extintos que vão te fascinar

Quando ouvimos falar sobre extinção, imediatamente pensamos em dinossauros enormes, bolas de fogo caindo do céu, há mais ou menos uns 65 milhões de anos. Mas, é certo que o começo da vida na Terra começou a mais ou menos 3 milhões de anos e, até nossos dias, milhares de gêneros e espécies surgiram e desapareceram da face da Terra, muitas vezes sem deixar qualquer vestígio de sua existência e, às vezes, deixando apenas ossos fossilizados.

A maioria dos animais extintos desapareceram antes do surgimento do ser humano mas, desde então, durante os últimos 15 mil anos, também desapareceram um bom número de espécies. Alguns por causas naturais mas, infelizmente, muitos foram extintos pela ação humana.

Confira abaixo algumas espécies muito interessantes que não estão mais entre nós.

Serpente Gigante Australiana (Wonambi naracoortensis)

É essa da imagem que abre esse post. Era uma espécie parente das Pitón, podia chegar até 5 metros de comprimento e, segundo os paleontólogos, pode ter desaparecido em datas muito díspares, como 40 mil ou 7 mil anos. Wonambi é uma palavra aborígene que significa “serpente arco-íris”, a diferença de seus parentes vivos da América do Sul e Ásia, não podia deslocar sua mandíbula para engolir presas grandes. Por isso, acredita-se que poderia ser uma espécie mais primitiva que a Pitón.

Coruja Sorriso (Sceloglaux albifacies)

Foi endêmica da Nova Zelândia, uma coruja nomeada por conta de suas vocalizações, muito parecidas com uma risada estranha, de acordo com alguns, ou latido de um cão. Costumava se aninhar em rochas, nas zonas de transição de florestas para áreas abertas, sua passagem para o catálogo de animais extintos pode ser devido ao desmatamento. A última coruja sorriso foi observada em 1914, embora tenha havido avistamentos não confirmados na década de 30.

Leão de Atlas (Panthera leo leo)

Também conhecido como León de Barbería, foi uma subespécie do leão Africano, muito maior – falamos de animais com mais 3,3m – e pelagem maior. Alguns exemplares estão em cativeiro, porém não são puros, normalmente são misturados com leões comuns, que foram criados em cortes como a de Marrocos, jardins zoológicos e circos. Foi utilizado em circos romanos e, provavelmente, instigou vários mitos, por causa de seu tamanho. O último, puro, Leão de Atlas, livre, foi caçado em Marracos, em 1927.

Cervo de Schomburgk (Rucervus Schomburgki)

Deve seu nome científico ao explorador e geógrafo Robert H. Schomburgk, quando este era cônsul britânico em Bangkok. Viviam em pequenas manadas, nas planícies pantanosas da Tailândia. Essa espécie tornou-se extinta por causa da casa contínua por sua carne, peles e chifres. O último rebanho desapareceu em 1932 e o último exemplar doméstico, em 1938.

Auk Gigante (Pinguinus impennis)

Também conhecido como Auk Imperial, era o maior Auk. Era o único de seu tipo, não podia voar, em compensação mergulhavam muito bem. Apesar de seu habitat ser o Atlântico Norte e as regiões áticas, na época dos romanos, chegou a ser encontrado em Marrocos e alguns na costa do Mediterrâneo.

Originalmente, era a única espécie chamada de “pinguim”, uma palavra de origem gaélica, que significa “cabeça branca” e, em seguida, seu uso se espalhou para aves antárticas populares. Eles podiam atingir um metro de altura e eram branco e preto. Eles foram caçados por suas penas, carnes e óleo de sua gordura. Foram exterminados na primeira metade do século XIX. O último de sua espécie foi avistado em Terranova, em 1852.

Lêmure Koala (Megaladapis edwardsi)

O Megaladapis foi um lêmure gigante, do tamanho de um orangotango, mais ou menos 1,5m. Com uma enorme cabeça, como a de um gorila, com algumas semelhanças a um famoso boneco alienígena dos anos 80. Os seres humanos chegaram em Madagascar há mais ou menos 2 mil anos. Estes lêmures foram extintos cerca de 500 anos atrás, possivelmente em 1504. Acredita-se que essa espécie passou muito tempo em terra e, embora os nativos tivessem medo deles, também o caçavam, que, juntamente ao desmatamento, deve ter contribuído para incluí-lo na lista de animais extintos.

Rinoceronte Lanudo (Coelodonta antiquitatis)

Seu parente mais antigo, Coelodonta tibetana, remonta a 3,6 milhões de anos. Mas, o Coelodonta antiquitatis coexistiu com os seres humanos até, pelo menos, 30 mil anos atrás, durante a última glaciação. Os “homens das cavernas” deixaram testemunhos de sua existência, desenhando nas paredes das cavernas, como em Chauvet (França). Juntamente ao mamute, fazia parte da megafauna da Europa, Ásia e América. Tinha cerca de dois metros de comprimento. E, já foram encontrados exemplares na Polônia e Sibéria, apesar de que a maioria esteve na Europa. Os seres humanos os caçaram mas, a probabilidade de, seu fim foram variações climáticas.

É certo que, algumas dessas espécies já estavam no tempo certo de entrarem na lista de animais em extinção, apesar de que a intervenção humana contribuiu, e muito, para o ingresso de algumas delas.

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Posted by Wladimir

Nerd desde sempre. Começou a programar em Basic, em um CP 400 Color II lá por 1985. Fã de Star Wars, Star Trek e outras séries espaciais. Pai de 4 filhos - um era pra se chamar Linus, mas o nome encontrou muita resistência :( Aliás, software livre é outra paixão. Usuário Linux desde 1999. Presidente da Associação Software Livre Santa Catarina. Defensor do livre compartilhamento. É o compartilhamento que tem feito a humanidade avançar. As ideias são uma construção coletiva da humanidade :) Foi fundador do Partido Pirata do Brasil e membro de sua 1ª Executiva Nacional (2012-2014). Foi também assessor do gabinete do Ministro da Ciência e Tecnologia durante 2016, até a efetivação do golpe que destituiu Dilma Rousseff. Ah, também é editor aqui dessa bagaça, onde, aliás, você também pode colaborar. Só entrar em contato (42@nerdices.com.br) e enviar suas dicas, artigos, notícias etc. Afinal, a Força somos nós!

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This article has 1 Comment

  1. “Essa espécie tornou-se extinta por causa da casa contínua por sua carne, peles e chifres. O último rebanho desapareceu em 1932 e o último exemplar doméstico, em 1938.”
    kkkkkkkkkk
    Quantas casas foram necessárias para extinguir essa espécie de veado?
    A minha casa nunca fez mal a nenhum bicho (bom… talvez uma formiga ou uma minhoca tenham sido mortas na construção…)

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